Nunes não poderá discursar no ato pró-Bolsonaro do 7 de Setembro
Candidatos a prefeito, como Ricardo Nunes, não usarão o microfone no ato convocado para o 7 de Setembro: “Não é comício”, diz Bolsonaro
atualizado
Compartilhar notícia
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) não poderá discursar na manifestação convocada por Bolsonaro e Silas Malafaia para o Sete de Setembro, na Avenida Paulista. Candidato à reeleição, Nunes confirmou presença no ato, subirá no carro de som, mas não terá direito ao microfone.
A palavra só será concedida a quem não estiver disputando um cargo na eleição municipal deste ano. À coluna, Bolsonaro informou que a restrição valerá até mesmo para o aliado Ricardo Nunes. O objetivo, segundo o ex-presidente, é evitar que o evento “vire comício”.
“Todos os prefeitos que quiserem comparecer ao ato no Sete de Setembro serão bem-vindos e poderão subir no carro de som. Mas nenhum vai poder discursar. Porque não queremos que o ato, que é suprapartidário, vire comício”, disse Bolsonaro.
Organizada por lideranças do campo conservador, a manifestação tem objetivo de pressionar pelo impeachment de Alexandre de Moraes. No ato, o pastor Silas Malafaia deverá fazer seu mais duro ataque contra o ministro do STF.
A restrição imposta a Ricardo Nunes no Sete de Setembro atrapalha os planos do prefeito de se vincular a Bolsonaro, na tentativa de atrair o apoio do eleitorado bolsonarista. As últimas pesquisas de intenção de voto apontam que grande parte da direita paulistana prefere optar por Pablo Marçal (PRTB), cujo discurso se assemelha ao do ex-presidente.
Moderado, Nunes vem perdendo espaço no cenário eleitoral. Reconhecendo o momento delicado, o prefeito decidiu voltar atrás em sua decisão de não participar de debates e confirmou presença no que será realizado, no próximo domingo, pela TV Gazeta e pelo canal MyNews. Guilherme Boulos (PSol) e José Luiz Datena (PSDB) também recuaram e, agora, decidiram comparecer.
Inicialmente, apenas Tabata Amaral e Pablo Marçal haviam garantido participação.