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Novo decreto de armas empaca no governo Lula após massacre no RS

Oposição faz esforço para que o governo Lula edite novo decreto para flexibilizar armas, mas massacre no RS enterrou chances de novo texto

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Presidente Lula e Ricardo Lewandowski participam da cerimônia de Assinatura de Contrato entre BNDES e MJSP recursos do Fundo Amazônia - metrópoles
1 de 1 Presidente Lula e Ricardo Lewandowski participam da cerimônia de Assinatura de Contrato entre BNDES e MJSP recursos do Fundo Amazônia - metrópoles - Foto: <p>Igo Estrela/Metrópoles<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O massacre ocorrido em Novo Hamburgo (RS) nesta quarta-feira (23/10) praticamente enterrou as chances de o governo Lula editar um novo decreto para flexibilizar a compra de armas. A avaliação foi compartilhada à coluna por interlocutores do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Edson Fernando Crippa, que atirou em 12 pessoas e matou três delas, estava devidamente registrado como colecionador, caçador desportivo e caçador (CAC). Além disso, ele possuía duas pistolas registradas, uma delas de 9mm. É justamente o calibre sobre o qual a oposição trabalha para derrubar restrições de compra e venda.

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Exemplo de pistola Taurus .380
Edson Fernando Crippa, atirador de Novo Hamburgo
Edson Fernando Crippa, atirador de Novo Hamburgo (RS)
Buracos de bala em casa onde atirador fez família refém, em Novo Hamburgo (RS)
Casa onde atirador fez família refém, em Novo Hamburgo (RS)
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Exemplo de pistola Taurus 9mm

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Exemplo de pistola Taurus .380

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Edson Fernando Crippa, atirador de Novo Hamburgo

Reprodução
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Edson Fernando Crippa, atirador de Novo Hamburgo (RS)

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Buracos de bala em casa onde atirador fez família refém, em Novo Hamburgo (RS)

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Casa onde atirador fez família refém, em Novo Hamburgo (RS)

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Casa onde atirador fez família refém, em Novo Hamburgo (RS)

Reprodução/ Redes sociais

Em 2023, o presidente Lula assinou um decreto que mudou as regras de acesso a armamentos, revogando os atos instaurados durante o governo Bolsonaro para flexibilizar a compra e venda. O texto suspendeu novos registros de pistolas e fuzis por CACs e retomou a restrição das pistolas 9mm. Quem já tinha o armamento, porém, conseguiu mantê-lo.

As pistolas 9mm podem ser automáticas. Ou seja, possuem a capacidade de disparar projéteis enquanto o usuário segurar o gatilho, até que o pente de munições seja esvaziado. Na internet, elas são anunciadas a partir de R$ 4 mil.

Bancada da bala defendeu revisão sobre pistolas 9mm

O líder da bancada da bala, Alberto Fraga (PL-DF), iniciou tratativas com o governo para retomar a liberação das pistolas 9mm. Ele teve conversas com Lewandowski sobre o assunto e fez acenos ao ministro na Câmara, como transformação de requerimentos de convocação em convite, para manter o diálogo com o governo federal.

Na ocasião, Fraga chegou a argumentar que a restrição às pistolas 9mm iria acabar com o comércio, uma vez que as de calibre .380 estariam em desuso.

Em 2019, Bolsonaro flexibilizou o porte e a compra de armas autorizando aos CACs o acesso a armamentos que eram de uso exclusivo das polícias ou das Forças Armadas. Foi quando os brasileiros puderam comprar e ter em casa desde pistolas 9mm à carabinas semiautomáticas .40.

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