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Nova aliança do Centrão ameaça plano de Lira à presidência da Câmara

União Brasil e PSD fecharam coalizão e tentarão atrair o PT de Lula para disputa contra Hugo Motta, candidato escolhido por Lira

atualizado

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Foto colorida do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira - Metrópoles - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

União Brasil e PSD, que somam mais de 100 deputados, fecharam uma aliança que pode ameaçar os planos de Arthur Lira (PP-AL) para sua sucessão à presidência da Câmara. A coalizão, selada durante um jantar na casa do ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta segunda-feira (9/9), reúne dois dos maiores partidos do Centrão, mesmo grupo político que sustenta Lira.

As duas siglas também estão em tratativas com PDT, PSB, MDB, PRD, Solidariedade e Avante, numa aliança de partidos que soma quase 200 cadeiras na Câmara. Esses acordos podem alterar o equilíbrio de forças na disputa pelo comando da Casa.

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Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, ministros da sigla, Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), e o líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), selaram aliança com Antônio Brito (PSD-BA) para sucessão de Arhtur Lira (PP-AL) na Casa.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP - AL), ao lado do deputado Elmar Nascimento (UNIÃO - BA).
Deputado federal Hugo Motta
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Ministros do União Brasil, Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), e o líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), selaram aliança com Antônio Brito (PSD-BA) para sucessão de Arhtur Lira (PP-AL) na Casa.

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Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, ministros da sigla, Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), e o líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), selaram aliança com Antônio Brito (PSD-BA) para sucessão de Arhtur Lira (PP-AL) na Casa.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP - AL), ao lado do deputado Elmar Nascimento (UNIÃO - BA).

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
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Deputado federal Hugo Motta

Mario Agra / Câmara dos Deputados

Até o momento, Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) mantêm suas candidaturas independentes, mas deverão se aliar de acordo com o cenário que será apresentado até fevereiro de 2025, quando acontecerá a eleição para a presidência da Casa. Lira, como mostrou a coluna, articulou com o presidente Lula e escolheu o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como seu sucessor.

Resta saber se a debandada de parte do Centrão poderá levar o governo a reconsiderar seu apoio a Motta.

A aliança entre União e PSD expõe a insatisfação de uma ala do Centrão com a condução de Lira, que não conseguiu anunciar seu candidato até o fim de agosto e encontra dificuldades para unificar os pares em torno de Hugo Motta, que rapidamente se tornou o “novo favorito”.  A esperança de reconciliação para os adversários é Lira desistir de fazer um sucessor “ideal” e escolher entre Brito e Elmar.

Para selar de vez o acordo, o PSD prometeu não interferir na eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado. O congressista é visto como o favorito, mas poderia enfrentar uma disputa com o líder Otto Alencar (PSD-BA) na Casa.

No jantar dessa segunda-feira, foi Antônio Brito quem foi recebido pelo União Brasil. Na casa de Sabino, estavam o presidente da legenda, Antônio Rueda, e outros nomes importantes da sigla, como o deputado Danilo Forte e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O recado é que o próximo passo é levar Elmar para um encontro com os ministros do PSD.

Elmar é o “ex-favorito” de Lira

Nos bastidores, Elmar Nascimento já é considerado o “ex-favorito” do atual presidente. Até o anúncio de Hugo Motta, o parlamentar baiano era visto como o principal cotado para receber as bênçãos do atual presidente da Câmara. Por isso, o União Brasil abriu mão de diversas comissões em troca de apoio de outras legendas.

O líder do União Brasil, porém, encontrou forte resistência entre o baixo clero e o governo Lula e, por isso, não conseguiu se viabilizar como cancidato do “consenso”. Isso irritou a sua bancada, que se viu sem espaço e sem garantia de que terá o próximo presidente da Câmara. Lira chegou a conversar reservadamente com Elmar, que se recusou a recuar.

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