metropoles.com

Navio de US$ 15 milhões da Marinha aguarda reparo na Europa há 2 meses

Navio Cisne Branco está parado em Portugal desde junho após avaria grave durante viagem para participar de eventos náuticos em 13 países

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Navio Cisne Branco Lisboa
1 de 1 Navio Cisne Branco Lisboa - Foto: Reprodução

Veleiro da Marinha do Brasil, o navio Cisne Branco aguarda reparos no Porto de Lisboa há mais de 2 meses. A embarcação, uma das mais tradicionais da frota brasileira, atracou em Portugal no dia 11 de junho apresentando uma avaria grave que reduziu sua capacidade de manobras. O Cisne Branco foi contruído na Holanda e custou 15 milhões de dólares à Marinha.

A viagem a Portugal fazia parte da “Comissão Europa 2024”, que reúne eventos náuticos como o Tall Ship Races, Delf Sail e o Hanse Sail e se estende por oito meses. Nesse período, o Cisne Branco representaria a Marinha brasileira em 23 portos de 13 países. A previsão era que fossem percorridas 18,3 mil milhas náuticas (33,9 quilômetros) em 144 dias de mar.

5 imagens
Avaria no propulsor laterial, ou bow-thruster, é motivo da permanência do Cisne Branco em Lisboa por 2 meses
Registro do Porto de Lisboa diz que o navio Cisne Branco atracou em 11 de junho
Navio Cisne Branco apresentou avaria em propulsor lateral na viagem para Lisboa
Propulsor lateral, ou bow-thruster, auxilia o navio em manobras de atracagem e desatracagem
1 de 5

Na Marinha, o Cisne Branco tem funções diplomáticas

Reprodução
2 de 5

Avaria no propulsor laterial, ou bow-thruster, é motivo da permanência do Cisne Branco em Lisboa por 2 meses

Reprodução
3 de 5

Registro do Porto de Lisboa diz que o navio Cisne Branco atracou em 11 de junho

Reprodução
4 de 5

Navio Cisne Branco apresentou avaria em propulsor lateral na viagem para Lisboa

Reprodução
5 de 5

Propulsor lateral, ou bow-thruster, auxilia o navio em manobras de atracagem e desatracagem

Reprodução

A programação, porém, teria sido interrompida por um defeito apresentado no chamado “bow-thruster”, conhecido como propulsor lateral de proa, durante o trajeto para Lisboa. O equipamento auxilia o navio nas manobras de atracagem e desatracagem. Em contato com a coluna, a Marinha do Brasil alegou se tratar de uma “avaria interna ao hélice”.

De acordo com a Marinha, antes de seguir para a Europa, o Cisne Branco também passou por uma manutenção em seu sistema hidráulico no porto de Fortaleza (CE). “A Força ressalta que o reparo foi concluído com êxito e não foi recebido nenhum alerta de empresas técnicas relativo ao serviço, estando o ‘Cisne Branco’ em condições normais de operação e apto a proceder com as visitas aos portos previamente programados”, afirma a nota enviada pela Marinha.

“A MB acrescenta, ainda, que o Navio atualmente encontra-se na Base Naval de Lisboa, onde passa por reparo após sofrer uma avaria interna ao hélice, a qual não possui nenhuma relação com a manutenção anterior no sistema hidráulico”, diz a corporação. Os custos do conserto da avaria no hélice não foram informados. 

De acordo com informações obtidas pela coluna junto ao Porto de Lisboa, a previsão é de que o Cisne Branco permaneça atracado pelo menos até o dia 15 de setembro, mais de 3 meses após sua chegada.

Na quarta-feira (28/8), a Marinha do Brasil oficializou, no Diário Oficial da União, a contratação da empresa Black Bull Logistics S.L. para prestação de “serviços de apoio portuário” durante sua permanência em Portugal, atendendo às necessidades logísticas do Cisne Branco. A contratação vai custar 73,7 mil euros, cerca de R$ 452 mil na cotação atual.

O Cisne Branco foi incorporado à armada em 2000 para as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. O navio é uma réplica das galeras do século XIX, tem 76 metros de comprimento, 25 velas e viaja a 11 nós. Com uma tripulação de 9 oficiais, 41 marinheiros e 31 aprendizes, a embarcação tem funções diplomáticas, representando a Marinha e o Brasil em eventos náuticos nacionais e internacionais.

Acidente

Em 2021, o Cisne Brano se envolveu em um acidente no Equador. A embarcação se chocou contra uma ponte de pedestres quando passava pelo país depois de participar das comemorações dos 200 anos da Marinha de Guerra do Peru. Na ocasião, o Cisne Branco sofreu avarias nos mastros e as peças tiveram que ser importadas devido às singularidades do navio.

Leia a íntegra da nota da Marinha sobre a avaria no hélice e a permanência no Porto de Lisboa:

“A Marinha do Brasil (MB) informa que o Navio-Veleiro ‘Cisne Branco’ realiza a comissão ‘Europa 2024’ com o propósito de desenvolver a mentalidade marítima brasileira e estreitar históricos laços de amizade com os países visitados. A comissão foi iniciada em 08 de março, com desatracação da Base Naval do Rio de Janeiro, e tem término previsto para o dia 21 de outubro.

A MB esclarece que o navio passou por manutenção corretiva em um sistema hidráulico em Fortaleza-CE, último porto nacional em que esteve atracado. A Força ressalta que o reparo foi concluído com êxito e não foi recebido nenhum alerta de empresas técnicas relativo ao serviço, estando o ‘Cisne Branco’ em condições normais de operação e apto a proceder com as visitas aos portos previamente programados.

A MB acrescenta, ainda, que o Navio atualmente encontra-se na Base Naval de Lisboa, onde passa por reparo após sofrer uma avaria interna ao hélice, a qual não possui nenhuma relação com a manutenção anterior no sistema hidráulico. O reparo tem o objetivo de restabelecer as condições normais de operação e propiciar o retorno à missão programada. Por fim, a Marinha reforça que o Navio e sua tripulação estão em segurança e cumprindo expediente normal de trabalho.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?