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Homem que invadiu sistema do TSE foi preso na véspera do 2º turno

A Polícia Federal prendeu em SP, na véspera do segundo turno, suspeito de ter invadido sistema de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

atualizado

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Polícia Federal Gilmar PF
1 de 1 Polícia Federal Gilmar PF - Foto: PF/Divulgação

Uma operação sigilosa da Polícia Federal (PF) prendeu, em outubro do ano passado, às vésperas do segundo turno, um homem que invadiu o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O hacker foi preso na cidade de Americana, no interior de São Paulo, em 20 de outubro, 10 dias antes da eleição.

A investigação da Polícia Federal corre em sigilo e aponta que o hacker acessou não apenas o sistema de dados do TSE. O sistema do INSS e até mesmo o da própria PF, da diretoria de Inteligência, foram invadidos por meio da clonagem da credencial de um delegado. O hacker conseguiu, no sistema do TSE, acesso a biometria, fotos e dados cadastrados.

Os arquivos foram copiados para a nuvem e para ao menos um dos computadores apreendidos pela polícia. O hacker instalou barreiras, chamadas de “máscaras” e “submáscaras”, que tornam trabalhosa a perícia para descortinar todas as informações incluídas na máquina apreendida.

As invasões, ressaltam fontes, não guardam qualquer relação com as urnas eletrônicas. A investigação indica que o objetivo do criminoso era vender dados e, também, montar um esquema fraudulento para aprovar créditos consignados. Dessa forma, não foi detectado nenhum risco de fragilidade ou de fraude em relação ao processo eleitoral.

A prisão do hacker que invadiu dados do TSE foi mantida sob sigilo pela PF, ainda durante a gestão Bolsonaro, para não alimentar a desconfiança em relação às urnas eletrônicas. A cúpula da Polícia Federal foi avisada da operação. Como se sabe, Bolsonaro sustenta que as urnas são vulneráveis e, mesmo após a derrota, continuará defendendo o voto impresso.

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