MP aciona polícia e apura se Pablo Marçal descumpriu ordem judicial
MPSP acionou a Justiça após a coluna reveIar que integrante de reality show denunciou o pré-candidato a prefeito por suposta agressão
atualizado
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O Ministério Público de São Paulo pediu à Polícia Civil a cópia de um boletim de ocorrência registrado contra Pablo Marçal. O movimento ocorre após a coluna revelar que o empresário é alvo de denúncia por supostamente ter colocado em risco a integridade física de participantes do reality show “A casa digital”, promovido por Marçal em abril deste ano.
A promotora Renata Galhardo alegou à Justiça já haver determinação para “impor a Pablo Henrique Costa Marçal a medida cautelar de proibição de realizar qualquer atividade externa precipuamente na natureza (seja em montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou em locais correlatos), por si ou por interposta pessoa, sem prévia e expressa autorização da Polícia Militar (aqui considerando a corporação em si, Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental), Prefeitura Municipal e Defesa Civil da localidade visada, sob o pretexto de sua atividade de coach ou em programas motivacionais”.
A restrição judicial ocorreu após o episódio de Pablo Marçal na montanha, em janeiro de 2022, quando ele conduziu 32 pessoas ao topo do Pico do Marins (SP), na Serra da Mantiqueira. Todos precisaram ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros. O empresário é pré-candidato a prefeito de São Paulo e aparece em terceiro lugar nas principais pesquisas de intenção de voto.
“Destarte, para regular instrução dos autos e, demais disso, verificar eventual descumprimento das cautelares impostas nos presentes autos, requeiro expedição de ofício à Delegacia de Polícia de Serra Negra para o envio do Boletim de Ocorrência no HI5925-3/2024”, solicitou a promotora.
“No mesmo ínterim, requeiro intimação do averiguado Pablo Marçal, por seus advogados via DJE, para caso queira se manifestar sobre eventual descumprimento da cautelar imposta nestes autos, se o caso e ad cautelam, apresentando as devidas justificativas, em homenagem ao contraditório”, concluiu o MP na manifestação à Justiça.