Morte de PMs estimulou “dura” de Caiado em desembargador
Antes de defender impeachment de desembargador que pediu o fim da Polícia Militar, Caiado se sensibilizou com recentes mortes de PMs em GO
atualizado
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Ao defender o impeachment do desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, que sugeriu o fim da Polícia Militar, Ronaldo Caiado transportou parte de sua consternação com a morte de policiais militares que, no exercício da profissão, perderam suas vidas nos últimos dias.
A incisiva reação de Caiado ao desembargador se deve, em grande parte, às mortes do cabo Wenderson Alves, de 31 anos, e do soldado Pedro Felipe Nóbrega, de 33, durante perseguição a um foragido em Cristalina. E do sargento Gerson Nascimento, que capotou na viatura, em Aparecida de Goiânia, quando corria para dar apoio a colegas de farda.
Caiado também visitou o tenente Diego de Paula Castro, atingido por bala de fuzil na cabeça, em Aparecida, em confronto com criminosos. O policial segue internado no hospital.
Esses episódios recentes com homens da PMGO contribuíram para que Caiado defendesse o impeachment do desembargador.
Após a fala de Camargo, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) emitiu uma nota dizendo que não compartilhava o pensamento sobre o fim da Polícia Militar.
Desembargador volta atrás
Com a repercussão negativa, o próprio desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo voltou atrás na declaração por meio de nota:
“A Polícia Militar merece a consideração e a admiração de todos, e deve continuar com seu valoroso trabalho. Como toda organização civil ou militar, necessita de permanente estímulo e aprimoramento para melhor servir aos cidadãos.
Ante a intensidade dos debates travados em sessão de julgamento no dia 1º de novembro, quarta-feira, ao que tudo está a indicar, diante da repercussão que se seguiu, não houvera andado bem ao registrar uma impressão pessoal que não expressa adequadamente minhas ponderações sobre a quase bicentenária instituição.
Todavia, jamais me ocorreu o objetivo de afetar a credibilidade institucional da Polícia Militar nem de seus dignos integrantes.”