STF volta atrás e informa que Bolsonaro e Ramagem podem se comunicar
Alexandre de Moraes proibiu o candidato Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, de ter contato com investigados no caso da “Abin Paralela”
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes proibiu o deputado Alexandre Ramagem de ter contato com investigados no caso da “Abin paralela“. Inicialmente, havia o entendimento de que a decisão abrangia o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. No entanto, na tarde desta terça-feira (16/7), a informação foi retificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão proíbe Ramagem e Bolsonaro de manterem contato com os investigados que foram alvo da Operação Última Milha, da Polícia Federal, que investiga o uso da Abin para monitoramento ilegal de adversários do ex-presidente da República.
Segundo o STF, Ramagem, que é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, poderá manter contato com Bolsonaro e Valdemar. A decisão do ministro do STF ocorre no âmbito do inquérito que investiga a existência de uma “Abin paralela” no governo passado.
Segundo as principais pesquisas de intenção de voto, Ramagem aparece em segundo lugar, atrás do prefeito Eduardo Paes (PSD). Em declaração à coluna no sábado, Bolsonaro afirmou que continua apoiando Ramagem, mesmo após o avanço da Polícia Federal contra o candidato do PL.
Investigação
Segundo investigadores da PF, Ramagem é um dos principais suspeitos de ter estruturado uma “Abin paralela” no governo Bolsonaro, quando chefiou a Agência Brasileira de Inteligência. Ramagem nega qualquer irregularidade.