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Militares fazem Pix para Bolsonaro e perdem cargos no GSI

Militares do GSI da Presidência da República estão entre os doadores que fizeram Pix para Bolsonaro; eles foram devolvidos para os quartéis

atualizado

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Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
Militares GSI Bolsonaro
1 de 1 Militares GSI Bolsonaro - Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

Militares do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) estão entre os doadores que fizeram Pix para Bolsonaro, durante a campanha que angariou cerca de R$ 17 milhões.

Seus nomes chegaram recentemente ao conhecimento de gente graúda do governo Lula. Depois disso, os militares simpáticos a Bolsonaro perderam os cargos no GSI e foram devolvidos aos seus respectivos quartéis.

Procurado, o Gabinete de Segurança Institucional preferiu não se manifestar sobre o assunto. As transferências via Pix tiveram início após aliados de Bolsonaro iniciarem uma vaquinha, nas redes sociais, com pretexto de ajudá-lo a pagar multas e outras despesas decorrentes de processos judiciais.

O GSI ganhou os holofotes após as depredações do 8 de Janeiro. A cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou que a equipe do general Gonçalves Dias, então chefe do GSI e homem de confiança de Lula, teria facilitado o acesso dos invasores ao Palácio do Planalto.

Lula exonerou G. Dias, e o ministro Alexandre de Moraes (STF) incluiu o militar no rol de investigados, em inquérito ainda em andamento. O governo, porém, minimiza a responsabilidade do general e, nos bastidores, atribui a falha a integrantes do GSI que, críticos do presidente, teriam sabotado o esquema de segurança.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Chefe do GSI de Lula no 8 de Janeiro, G. Dias disse ter sido induzido ao erro por "informações conflitantes"

Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A estrutura do GSI

O Gabinete de Segurança Institucional é um dos órgãos que integram a Presidência da República e é responsável pela assistência direta ao presidente no desempenho de suas atribuições, especialmente quanto a assuntos militares e de segurança. A estrutura é composta majoritariamente por militares, mas também há civis nomeados.

O GSI zela pela segurança pessoal do presidente e do vice-presidente, dos seus familiares, quando solicitado pela respectiva autoridade, e pela segurança dos palácios presidenciais e das residências oficiais. Além disso, quando determinado pelo presidente, zela pela segurança de outras autoridades federais.

O órgão planeja e coordena eventos em que haja a presença do presidente da república no Brasil, em articulação com o gabinete pessoal do presidente, e no exterior, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, bem como os deslocamentos presidenciais no país e no exterior.

O GSI acompanha questões com potencial de risco, prevenindo crises e articulando seu gerenciamento, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional. O órgão planeja, coordena e supervisiona a atividade de segurança da informação na administração pública federal, incluindo segurança cibernética.

E atua, ainda, na gestão de incidentes computacionais, proteção de dados, credenciamento de segurança e tratamento de informações sigilosas.

Além disso, coordena as atividades do Programa Nuclear Brasileiro e do Programa Espacial Brasileiro, acompanha assuntos relacionados ao terrorismo e às ações destinadas à sua prevenção e neutralização, além de temas pertinentes às infraestruturas críticas, com prioridade às avaliações de riscos.

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