Médicos assassinados: comerciantes pagam a tráfico e milícia na região
O assassinato dos médicos na Barra da Tijuca acende um alerta para a região, na Zona Oeste do Rio, sobre comércio, tráfico e milícia
atualizado
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O assassinato dos médicos na Barra da Tijuca acende um alerta para a região, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Comerciantes da Gardênia Azul, bairro que faz divisa com a Barra, são obrigados a pagar taxas para milicianos e para… traficantes.
“Se não pagar para algum deles, a loja amanhece depredada”, revelou um comerciante à coluna. Os pagamentos, de R$ 50 para cada organização criminosa, são semanais. A Gardênia, onde foram encontrados os corpos dos supostos assassinos dos médicos, fica ao lado da Cidade de Deus, facção dominada pelo Comando Vermelho.
Já o conglomerado de Jacarepaguá, que engloba Gardência, CDD e adjacências, tem vários pontos controlados pela milícia.
Resumindo: é dura a vida de quem tem um negócio no Rio de Janeiro. Em vários trechos da cidade, comerciantes têm que pagar pedágio para não ser prejudicado ou morto por bandidos que se fazem mais presentes do que o poder público.
A principal suspeita no assassinato dos médicos é que, confundidos com milicianos, eles tenham sido executados por traficantes.