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Líder do governo: centro é essencial para Lula e interdição da direita

Em entrevista, líder do governo e cotado para presidir o PT em 2025, José Guimarães defende novo acordo com o centro pela reeleição de Lula

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O líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), em entrevista à coluna Paulo Cappelli
1 de 1 O líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), em entrevista à coluna Paulo Cappelli - Foto: Reprodução

Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) defende que o Planalto amplie as alianças ao centro para garantir governabilidade, apoio à reeleição de Lula em 2026 e “interditar a direita”. O parlamentar está em seu quinto mandato e é um dos cotados para assumir a presidência do PT em 2025, quando Gleisi Hoffmann (PR) deixará o cargo.

Em entrevista à coluna, Guimarães afirmou o foco do governo será reunificar a Câmara após a escolha do novo presidente da Casa, em fevereiro de 2025. O PT se posicionou a favor de Hugo Motta (Republicanos-PB), escolhido por Arthur Lira (PP-AL) para a sucessão. Mas o União Brasil e o PSD, dois partidos grandes na Câmara e que ocupam juntos 6 ministérios na Esplanada, lançaram seus candidatos.

“A prioridade é reunificar essas forças aqui dentro. Evidentemente, foram bancadas que se confrontaram. Todo mundo sabe, o governo não se envolveu, mas o PT tomou posição e terminou tendo muito peso. Isso criou alguns atritos, mas o nosso esforço, baixando a poeira, é recompor com todos, com o Elmar Nascimento (União) e Antônio Brito (PSD), e com todos aqueles que almejavam presidir o Legislativo”, disse o líder de Lula.

Guimarães chegou a sinalizar que cogitou disputar a presidência da Câmara: “Eu já tive muitos desejos aqui dentro. Nem sempre é possível o que você quer, tem que prevalecer sempre o interesse do país aqui dentro. Temos condições de constituir, talvez, uma grande aliança da esquerda, do PT e do governo, com o centro para disputar a eleição de 2026”.

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O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados
Líder do governo, José Guimarães (PT-CE) diz que ações do Supremo contra empresas são resultado da lentidão do Congresso para aprovar PL das Fake News
Líder da bancada do PT José Guimarães ao lado do ministro Alexandre Padilha
Jose Guimarães (PT-CE) é o líder do governo Lula na Câmara.
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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE)

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O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados

Gabriel Paiva/PT na Câmara
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Líder do governo, José Guimarães (PT-CE) diz que ações do Supremo contra empresas são resultado da lentidão do Congresso para aprovar PL das Fake News

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Líder da bancada do PT José Guimarães ao lado do ministro Alexandre Padilha

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Jose Guimarães (PT-CE) é o líder do governo Lula na Câmara.

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Nesse sentido, ele considera “fundamental” o diálogo para além da esquerda. “O governo Lula é de coalizão, é uma rede de participação de várias forças políticas, tem problemas? Tem. Mas acho que a centralidade do PT é construir um amplo movimento para interditar a direita. E com o centro, repactuar o novo governo com a reeleição do presidente Lula”.

Nos bastidores, espera-se que Lula faça trocas pontuais na Esplanada para acomodar legendas, pensando na troca do comando da Câmara e do Senado e também as alianças para 2026. “Independente de se haverá ou não [mudanças], é o presidente quem define o calendário dele”, prosseguiu Guimarães.

Um problema no radar do Planalto é que legendas que hoje são aliadas pretendem lançar candidato à Presidência. É o caso do União Brasil, que tem os ministérios do Desenvolvimento Regional, das Comunicações e do Turismo, mas trabalha pela candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao Planalto.

“É muito cedo para dizer quem é ou não candidato. Penso que, na hora certa, vamos ter que estar juntos. Nós temos um bom diálogo com o atual presidente da sigla, o Antônio Rueda, com os ministros do União Brasil, assim como o PSD. A política sempre teve esse sobressaltos, mas o estilo do Lula garante essa construção”, disse Guimarães.

Pautas identitárias são levantadas pela direita, diz líder de Lula

O PT do Nordeste, especialmente o do Ceará de José Guimarães, saiu das eleições municipais de 2024 com uma performance superior em relação aos correligionários do eixo Sul-Sudeste. Nos bastidores da sigla, o entendimento é que essa melhor performance eleitoral se dá ao perfil mais pragmático dos petistas nordestinos, que possuem mais facilidade de fechar alianças com o centro e até mesmo com a direita.

Outro ponto discutido na própria legenda é o distanciamento de pautas identitárias. Para Guimarães, temas como linguagem neutra e aborto interessam à direita.

“Quem inventa essas pautas é a direita. Não foi a esquerda que levou a votação do projeto do aborto na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça]. Essa pauta identitária, que faz parte historicamente dos movimentos libertários de esquerda, não é a pauta que a esquerda quer para seu programa de governo, não pode. O ‘partido A’ e o ‘partido B’ sempre abordam, é natural, mas não é pauta do governo”, afirmou.

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