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Justiça avança em processo de integrante de reality contra Marçal

Justiça de São Paulo determinou que Pablo Marçal (PRTB) apresente documento-chave em processo movido por ex-integrante de reality show

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A Justiça avançou em um processo movido contra Pablo Marçal (PRTB) por supostas irregularidades no programa “La casa digital 3”, idealizado e apresentado pelo pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Agora, o Judiciário busca saber o real vínculo de Marçal com a atração. Ex-integrante do reality show e autor da denúncia, Gabriel Godoy afirma ter sido agredido e xingado durante as gravações este ano.

A juíza Juliana Finati, da 1ª Vara da Comarca de Serra Negra (SP), determinou que o programa apresente “a cópia do contrato entabulado entre as partes”. Godoy alega que o documento lhe foi negado pelo corpo jurídico de Pablo Marçal, que teria argumentado que o empresário é apenas o apresentador do programa, sem que coubesse a ele qualquer ônus de responsabilização.

As agressões e ofensas, segundo Godoy, teriam partido de monitores do reality durante provas de resistência física e psicológica. Em despacho nesta sexta-feira (27/7), a juíza reforçou a necessidade de aprofundar a apuração. “As alegações deduzidas estão amparadas tão somente nas alegações do autor, reclamando maior dilação probatória”, pontuou Juliana Finati ao requerer o contrato.

Como mostrou a coluna, o principal advogado de Pablo Marçal, Tassio Renam, entrou em contato com o ex-integrante do reality e ofereceu “ajuda” para enterrar a denúncia. O movimento ocorreu dias após Godoy registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Serra Negra.

A denúncia

Autor da denúncia, Gabriel Godoy afirma ter sido agredido e xingado por monitores durante sua participação no reality, que teve provas realizadas em meio a rios e matas. Em depoimento de duas horas à polícia, ele disse que levou socos na barriga e foi chamado de “trouxa” e “bosta” com o objetivo de “desbloquear a mente”.

Godoy também acusa Pablo Marçal de ter descumprido uma decisão judicial que o impede de promover atividades em picos, montanhas e outros espaços de natureza sem autorização do poder público. A proibição vem desde 2022, quando o MP apontou que o empresário pôs em risco a vida de pessoas ao se perder durante uma expedição no Pico dos Marins.

O referido contrato envolvendo “La casa digital 3” virou peça chave nos dois processos judiciais, pois revelará se o vínculo de Pablo Marçal com a atração é apenas o de apresentador ou se, além disso, também é ele quem organiza o reality.

A defesa de Marçal afirma que o empresário não descumpriu a decisão judicial, pois “atua exclusivamente como apresentador do reality show La casa digital, não fazendo parte do grupo organizador do evento”. E diz, ainda, que ele não participou “de atividades externas, especialmente em ambientes naturais como montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou locais similares”.

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metropoles.comPaulo Cappelli

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