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Juíza que mandou prender Gusttavo Lima também condenou jornalista

O cantor Gusttavo Lima teve prisão preventiva decretada pela juíza Andrea da Cruz por dar “carona” a empresários alvos da Polícia Civil

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A juíza Andrea Calado da Cruz, que condenou jornalista a sete anos de prisão.
1 de 1 A juíza Andrea Calado da Cruz, que condenou jornalista a sete anos de prisão. - Foto: Reprodução

A juíza Andrea Calado da Cruz, que decretou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima nesta segunda-feira (23/9), condenou recentemente um jornalista a 7 anos de prisão. O caso envolveu o blogueiro Ricardo Antunes. A magistrada determinou detenção em regime fechado por calúnia, injúria e difamação. O comunicador responde em liberdade.

A condenação aconteceu por causa de uma série de reportagens publicada por Antunes em seu blog. Ele denunciou um suposto esquema de corrupção no São João de Caruaru, maior cidade do Agreste de Pernambuco.

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o cantor é garoto-propaganda da Vai de Bet
Jornalista Ricardo Antunes
Gusttavo Lima fez show em SP e foi ao Rock in Rio antes de mandado
A juíza Andrea Calado da Cruz que determinou a prisão do cantor Gusttavo Lima.
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Dono da Vai de Bet, Rocha foi para o aniversário de Gusttavo Lima na Grécia

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o cantor é garoto-propaganda da Vai de Bet

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Jornalista Ricardo Antunes

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Gusttavo Lima fez show em SP e foi ao Rock in Rio antes de mandado

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A juíza Andrea Calado da Cruz que determinou a prisão do cantor Gusttavo Lima.

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Andrea da Cruz entendeu que o jornalista agiu de “forma leviana” ao afirmar que a Justiça negou um pedido do Ministério Público estadual para cancelar o Camarote Exclusive da empresa Festa Cheia, devido a um suposto lobby do empresário Augusto Acioli e do deputado Felipe Carreras (PSB).

Prisão de Gusttavo Lima

O Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou a prisão preventiva de Gusttavo Lima pela suposta participação do cantor em esquema de lavagem de dinheiro e jogos de azar, o mesmo que levou à prisão da influenciadora Deolane Bezerra. O cantor teria ajudado dois suspeitos a deixar o Brasil, quando deu “carona” no voo para a Grécia, onde comemorou o aniversário.

Na decisão, Andrea da Cruz afirma que Gusttavo Lima “deu guarida a foragidos” e demonstrou uma “alarmante falta de consideração pela Justiça”. A magistrada também escreve que a “intensa relação financeira” do cantor com os envolvidos no caso “inclui movimentações suspeitas” e “levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas”.

A Justiça destaca que o músico transportou um casal de investigados, José André e Aislla Sabrina, para fora do Brasil. Eles são donos da Vai de Bet, empresa de apostas esportivas que já patrocinou Gusttavo Lima.

O trajeto, segundo a juíza, sugere que eles podem ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, localizadas na Espanha. A magistrada cita “conivência” do cantor com foragidos, o que “não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade”.

Venda de jatinho embasou prisão

Ao decretar a prisão preventiva de Gusttavo Lima nesta segunda-feira (23/9), o Tribunal de Justiça de Pernambuco afirmou que o cantor ocultou o recebimento de R$ 22 milhões provenientes da venda de um avião particular. O dinheiro foi pago pela empresa J. M. J. Participações LTDA, de propriedade do investigado José André da Rocha, dono da Vai de Bet.

De acordo com a decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, o valor foi pago este ano por meio de 8 repasses. Além disso, Gusttavo Lima também teria ocultado o recebimento de R$ 9,7 milhões da HSF Entretenimento Promoção de Eventos. O valor, segundo a magistrada, é proveniente de jogos ilegais.

Gusttavo Lima se pronuncia

“A defesa do cantor Gusttavo Lima recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. Andréa Calado da Cruz da 12ª Vara Criminal de Recife/PE que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.

Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.

A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na Justiça brasileira. O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana.

Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de Justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores”.

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