Prefeito de Recife, João Campos virou alvo de críticas de Paulo Câmara, ex-governador de Pernambuco.

Após deixar o governo, Câmara reclamou aos quatro ventos que só não assumiu um ministério no governo Lula porque João Campos o teria atrapalhado. Insatisfeito, desfiliou-se do PSB de Campos.

Para botar tudo em pratos limpos, ambos se encontraram domingo na casa de João Campos. O prefeito negou que tenha articulado por cargos junto a Lula e disse que mantém o foco em Recife.

Aliados de Campos sustentam que dois dos nomes do PSB escolhidos por Lula para ministérios eram mais próximos do petista do que Câmara: Flávio Dino e Geraldo Alckmin. E que o terceiro escolhido, Márcio França, teve o mérito de se movimentar rapidamente em busca de um cargo no primeiro escalão.

A bronca de Câmara, aliás, era justamente com a nomeação de França. Ele acredita que João Campos articulou pelo ex-governador de São Paulo de modo a tirá-lo da disputa pela prefeitura de São Paulo no ano que vem. Assim, o caminho ficaria livre para Tábata Amaral, namorada de Campos.

Após a reunião de domingo, a relação entre Paulo Câmara e João Campos voltou a ser cordial. Agora, o ex-governador de Pernambuco pleiteia o comando do Banco do Nordeste (BNB).