metropoles.com

Investigação da Polícia Federal sobre golpe exime Exército e mira CPFs

O Exército Brasileiro, como instituição, conseguiu se preservar em meio à prisão de militares investigados pela Polícia Federal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
Polícia Federal Exército
1 de 1 Polícia Federal Exército - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)

A investigação da Polícia Federal sobre plano de golpe acabou por eximir o Exército Brasileiro, quanto instituição, de qualquer prática ilegal em 2022. O inquérito apontou CPFs de 27 militares que responderão por suposto envolvimento na trama.

O relatório também indicou que “a maioria absoluta do Alto-Comando do Exército” jamais embarcou em um movimento para evitar a transição de poder em 2022. Generais que antes habitavam o imaginário de radicais como favoráveis a um golpe se revelaram legalistas após a divulgação do material coletado pela PF. Entre eles, o então comandante do Exército, Freire Gomes.

Integrantes do Alto-Comando foram xingados em mensagens privadas trocadas por meia-dúzia de militares. Também viraram alvo de centenas de postagens públicas de civis que clamavam por “intervenção federal”. Mesmo com a pressão, nenhum quartel do Brasil registrou atos que demonstrassem alinhamento com a proposta.

Se o Exército quanto instituição foi preservado, um de seus braços saiu chamuscado das investigações: as Forças Especiais (FE), especializadas em guerras não convencionais. Do grupo sediado em Goiânia participavam militares como Mario Fernandes, enrolado até o pescoço no inquérito.

11 imagens
General Mario Fernandes, das Forças Especiais, bastante enrolando nas investigações da PF
Chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf teve postura legalista contra golpe
Investigação da Polícia Federal exime Exército e mira CPFs
O ex-presidente Jair Bolsonaro
Freire Gomes
1 de 11

General Freire Gomes: então comandante do Exército barrou iniciativa de golpe

Gustavo Moreno/ Metrópoles
2 de 11

General Mario Fernandes, das Forças Especiais, bastante enrolando nas investigações da PF

Reprodução
3 de 11

Chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf teve postura legalista contra golpe

Reprodução
4 de 11

Investigação da Polícia Federal exime Exército e mira CPFs

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
5 de 11

O ex-presidente Jair Bolsonaro

Gustavo Moreno/ Metrópoles
6 de 11

Freire Gomes

Alan Santos (PR)
7 de 11

General Mario Fernandes, também preso na operação, atuou na Presidência

Reprodução
8 de 11

General preso por Moraes esteve em manifestações bolsonaristas

Polícia Federal
9 de 11

General Mario Fernandes deixou fotos na nuvem

Polícia Federal
10 de 11

General Mario Fernandes deixou fotos na nuvem

Polícia Federal
11 de 11

O general Mário Fernandes

Reprodução

“Só chamamos FE”

O envolvimento de fardados das Forças Especiais era tão intenso que qualquer militar que não fosse um “kid preto” era excluído das reuniões para discutir formas de evitar a posse de Lula.

Isso é ilustrado em mensagens obtidas pela Polícia Federal. Em um dos diálogos, o tenente-coronel Mauro Cid pergunta ao coronel Correa Neto se poderia convidar o assistente de um general para um dos encontros. Em resposta, Correa Neto o repreende: “Não é FE. Só chamamos FE”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?