Hamas: faculdade pública cancela aula após palestrante exaltar morte
Palestra foi cancelada após comentário de convidada comemorando a morte de brasileira assassinada pelo Hamas em Israel
atualizado
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A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) cancelou uma palestra que teria a presença da bacharel em Relações Internacionais, Fernanda de Melo. Aluna de pós-graduação na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP), Fernanda virou alvo de críticas nas redes sociais depois de comemorar a morte da brasileira Bruna Valeanu, assassinada pelo Hamas em Israel.
Em seu perfil no X, antigo Twitter, Fernanda de Melo postou a notícia da morte da brasileira com a frase: “Foi tarde”. A postagem chegou a provocar reações da Câmara dos Deputados. Carla Zambelli e Cabo Gilberto Silva enviaram ofícios à UEPB pedindo o cancelamento do evento.
Depois da repercussão do comentário, ela apagou seus perfis nas redes sociais. A palestra na UEPB tinha como tema “Entendendo o conflito entre Israel e Palestina: religião, território e violência” e aconteceria no sábado (14/10).
Em suas redes sociais, o Centro de Estudos em Política, Relações Internacionais e Religião (CEPRIR), da UEPB, divulgou um comunicado sobre a suspensão da palestra.
“Informamos que o evento previsto para o próximo sábado está suspenso. O debate será retomado em momento oportuno. Aproveitamos o ensejo para reforçar que o CEPRIR não coaduna com qualquer tipo de intolerância ou racismo, e os mesmos não são aceitos das partes que o compõem”,
Antes disso, na terça-feira (10/10), em uma entrevista, a palestrante já havia acusado Israel de cometer “crimes de guerra” na Faixa de Gaza e afirmado que os ataques do Hamas seriam uma “resposta ao apartheid” promovido na região.
Outra palestra com Fernanda Melo estava marcada para o dia seguinte, na qual seria debatida “a questão da Palestina”. O evento era promovido por um grupo do qual Fernanda faz parte, chamado “Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino” (ESPP), da USP.
A USP se manifestou alegando que os prédios da universidade estão ocupados por estudantes em greve e que não tem controle sobre as atividades realizadas por eles.