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Governo Tarcísio expulsa PM que matou irmãos em acidente após balada

PM expulso pelo governo Tarcísio de Freitas havia acabado de sair de casa noturna; testemunha alegou que militar estava sob efeito de álcool

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Tarcísio de Freitas
1 de 1 Tarcísio de Freitas - Foto: Reprodução

O governo de Tarcísio de Freitas expulsou o soldado da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) Francisco de Souza Rodrigues, preso por provocar um acidente que resultou na morte de dois irmãos na Rodovia Raposo Tavares. A decisão, assinada pelo comandante da corporação, coronel Cássio de Freitas, apontou o cometimento de “atos atentatórios aos direitos humanos fundamentais” pelo militar, que dirigia sob o efeito de álcool.

Rodrigues, de 34 anos, teve prisão decretada em junho de 2023, ainda internado em estado grave na Santa Casa de Presidente Epitácio, para onde foi levado após a colisão que matou um homem de 56 anos e sua irmã, de 54 anos. O militar havia acabado de sair de uma casa noturna nas proximidades da rodovia, acompanhado de uma funcionária.

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Carro onde estavam as duas vítimas foi atingido na rodovia Raposo Tavares
Caminhão também se envolveu no acidente; motorista sofreu ferimentos leves
Governo Tarcísio determinou expulsão de militar que se envolveu em acidente com duas mortes
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PM expulso por Tarcísio foi acusado de provocar acidente que matou dois irmãos

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Carro onde estavam as duas vítimas foi atingido na rodovia Raposo Tavares

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Caminhão também se envolveu no acidente; motorista sofreu ferimentos leves

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Governo Tarcísio determinou expulsão de militar que se envolveu em acidente com duas mortes

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O carro de Rodrigues, uma caminhonete S-10, invadiu a contramão e atingiu o carro do casal de irmãos, uma EcoSport. Um caminhão Ford F350 que vinha atrás da EcoSport também atingiu o carro do militar, resvalou numa mureta de proteção e tombou na rodovia.

Agressão e roubo

Em depoimento, Emily Lima da Cruz, a funcionária da casa noturna, disse ter pedido para que Rodrigues parasse o carro devido ao estado de embriaguez em que o soldado se encontrava. “Devido ao modo como ele dirigia, a declarante pediu que parasse o veículo mais de uma vez para desembarcar, mas o autor se negou. No caminho, a depoente ameaçou puxar o freio de mão e alegou que iria vomitar”, relata a denúncia contra o militar.

“Ele acabou parando o veículo parcialmente na rodovia. A declarante desceu do veículo, sendo perseguida pelo autor. O autor alcançou a declarante e fez menção de agredi-la, momento em que levou as mãos no rosto para se defender. Nesse momento, o autor tomou a sua bolsa e pegou o seu telefone celular. Em seguida [a testemunha] fugiu, correndo e atravessando a rodovia”, diz o documento.

Emily alegou ter sido informada do acidente e foi ao local para recuperar seus objetos. Sua bolsa foi encontrada na caminhonete de Rodrigues. Ele, o motorista da EcoSport e o motorista do caminhão, Diniz Rosa, de 70 anos, foram levados ao hospital. A mulher que vinha na EcoSport morreu no local, e seu irmão, na unidade de saúde. Os dois moravam em São Bernardo do Campo. Diniz Rosa sofreu ferimentos leves e foi liberado após atendimento médico.

Rodrigues foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo pelos crimes de roubo impróprio e duplo homicídio doloso. Ele responde pela morte dos dois irmãos na Justiça Militar, em processo de caráter sigiloso. Uma ação penal contra o soldado pelo crime de roubo tramita na 2ª Vara Criminal de Presidente Epitácio.

Em sua defesa, o militar alega insanidade mental. Em agosto deste ano, a Justiça determinou a realização de uma perícia médica para atestar as condições de saúde de Rodrigues. Ele cumpre prisão preventiva no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo.

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