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Governo Lula volta atrás e vai tirar sigilo de visitas do Alvorada

Após a coluna revelar sigilo imposto pelo GSI na lista de visitantes de Lula no Palácio da Alvorada, governo recua e promete transparência

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Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva realiza discurso durante Cerimônia de Assinatura dos decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial.
1 de 1 O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva realiza discurso durante Cerimônia de Assinatura dos decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após a coluna mostrar o sigilo imposto pela Presidência nas visitas a Lula no Palácio da Alvorada, o governo recuou. Agora, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirma que dará publicidade aos nomes dos visitantes.

Essa lista incluirá pessoas que compareçam a agendas oficiais e, também, agentes privados que estejam representando interesses junto à administração pública. À coluna o GSI disse buscar um meio de separar essas duas categorias de uma terceira, que abarcará visitas consideradas de caráter estritamente privado. Essa última, por alegado motivo de segurança e de proteção da intimidade, permanecerá sob sigilo.

O Palácio da Alvorada é a residência oficial do presidente.

“O GSI da Presidência da República está envidando esforços para alterar a forma de identificação dos registros de entrada nas residências oficiais e, assim, atender as solicitações demandadas”, informou o órgão.

Dois motivos levaram à mudança de postura. Primeiro, a posição firme da Controladoria-Geral da União. Um enunciado publicado em fevereiro estipula publicidade para agendas oficiais e visitantes privados com interesses junto ao governo. Seja no Palácio da Alvorada ou no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República.

O GSI foi avisado. Se insistisse com o sigilo absoluto, a CGU o colocaria abaixo.

O segundo motivo foi o caráter político. A imposição do sigilo não repercutiu bem e chegou a ser criticada internamente por pessoas próximas do presidente. Durante a campanha, Lula atacou sigilos do governo Bolsonaro e prometeu transparência. A mudança, portanto, vai na linha do prometido quando candidato.

O sigilo nas visitas a Lula havia sido imposto pelo GSI em primeiro de janeiro deste ano. Questionado pela coluna, o órgão havia se limitado a responder:

“Os registros de acessos ao Palácio da Alvorada, a partir de 1º de janeiro de 2023, possuem classificação sigilosa no grau RESERVADO”.

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