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Governo Lula põe na Anatel advogado que escondeu dinheiro em privada

Advogado Mateus de Moura Gomes foi preso pela PF em 2018 durante investigação sobre esquema de corrupção no Ministério da Agricultura

atualizado

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Advogado operação Capitu
1 de 1 Advogado operação Capitu - Foto: Reprodução / Polícia Federal

O advogado Mateus de Moura Lima Gomes, preso pela Polícia Federal (PF) em 2018, foi designado pelo governo Lula, nesta quarta-feira (24/8), como conselheiro consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ele foi oficializado na função como representante da Câmara dos Deputados, com mandato até fevereiro de 2026.

A designação de Gomes foi assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que exerce a Presidência em razão da viagem de Lula à África.

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Mateus Gomes (à direita), em foto com o então presidente Michel Temer
Mateus Gomes tentou esconder dinheiro na privada
Dinheiro foi encontrado pela PF dentro da privada na casa de Gomes
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Mateus Gomes, quando ocupava a vice-presidência da Cemig

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Mateus Gomes (à direita), em foto com o então presidente Michel Temer

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Mateus Gomes tentou esconder dinheiro na privada

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Dinheiro foi encontrado pela PF dentro da privada na casa de Gomes

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No momento da prisão, Gomes foi flagrado pela PF tentando esconder R$ 3 mil em dinheiro na privada de casa. O advogado havia sido vice-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e foi apontado como operador financeiro do então vice-governador de Minas, Antonio Andrade.

Ambos foram alvos da operação Capitu, da PF. A investigação apurava um suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo Dilma Rousseff.

Na operação, foram cumpridos 19 mandados de prisão. Entre os presos, além de Gomes e Andrade, estava o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

De acordo com as investigações da PF, o esquema funcionava com o pagamento de propinas da JBS a partidos, políticos e servidores do Ministério da Agricultura. Seis escritórios de advocacia atuavam na distribuição do dinheiro.

Segundo a PF, a propina era repassada em dinheiro vivo, dentro de caixas de sabão em pó, malas e caixas de sapato.

A JBS teria sido beneficiada com medidas como a regulamentação da exportação de despojos bovinos, proibição do uso de medicamentos veterinários e a federalização das inspeções de frigoríficos.

A coluna entrou em contato com a assessoria do vice-presidente, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto.

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