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General que se opôs a golpe: “Fui atacado por cumprir minha obrigação”

Alvo de ataques de militares e de militantes radicais que queriam golpe de Estado, general Stumpf diz que agiu

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Exército Brasileiro
O general Valério Stumpf Trindade, apontado por Mauro Cid como informante do ministro Alexandre de Moraes
1 de 1 O general Valério Stumpf Trindade, apontado por Mauro Cid como informante do ministro Alexandre de Moraes - Foto: Exército Brasileiro

Uma das figuras centrais para que um plano de golpe de Estado não avançasse em 2022, o general Valério Stumpf Trindade disse à coluna ter sido atacado por ter “cumprido sua obrigação”. Stumpf virou alvo de civis e militares radicais que ansiavam por uma intervenção federal para impedir a posse de Lula.

“Fui vítima de ataques por cumprir a minha obrigação. Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro”, afirmou Stumpf.

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Chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf teve postura legalista contra golpe
General foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicalizados
General Stumpf foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicais
Stumpf foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicais
General Freire Gomes: então comandante do Exército barrou iniciativa de golpe
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General foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicais

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Chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf teve postura legalista contra golpe

Reprodução
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General foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicalizados

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General Stumpf foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicais

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Stumpf foi alvo de ataques nas redes e de comentários de militares radicais

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General Freire Gomes: então comandante do Exército barrou iniciativa de golpe

Gustavo Moreno/ Metrópoles
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General Valério Stumpf Trindade, apontado por Mauro Cid como informante do ministro Alexandre de Moraes

Exército Brasileiro
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Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto criticou general Stumpf

Reprodução
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O coronel de infantaria Fabrício Moreira de Bastos

EB
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Freire Gomes e Augusto Heleno

Montagem com fotos de Alan Santos (PR) e Hugo Barreto/Metrópoles
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General Valério Stumpf Trindade, apontado por Mauro Cid como informante do ministro Alexandre de Moraes

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Bolsonaro e Freire Gomes

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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General Freire Gomes

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro

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Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Jair Bolsonaro e Freire Gomes

Hugo Barreto/Metrópoles
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Freire Gomes

Alan Santos (PR)
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General Freire Gomes foi um dos comandantes do Exército de Bolsonaro

Reprodução
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O atual comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes

Reprodução/ Comando do Nordeste
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General Freire Gomes, comandante do Exército Brasileiro

Reprodução
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General Freire Gomes e Bolsonaro

Hugo Barreto/Metrópoles

Na época, o general era chefe do Estado-Maior do Exército e mantinha contato com o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Por esse motivo, em diálogos obtidos pela PF durante as investigações sobre o plano de golpe de Estado, Stumpf é apontado por oficiais como “informante” de Moraes. Ele rebate:

“Estávamos discutindo métodos para reforçar a segurança e a transparência das urnas eletrônicas. A minha interlocução era com a Secretaria-Geral do TSE. Aí algumas pessoas que não sabiam de nada distorceram tudo. Alimentaram a versão de que eu seria ‘informante’, uma espécie de ‘leva e traz’, uma coisa bandida. Isso nunca aconteceu. É uma inverdade e uma agressão à minha pessoa. O contato era institucional”, explicou o general.

Campanha de ataques

A partir de diálogos de militares radicais, segundo a PF, teve início uma campanha de ataques contra o general Stumpf nas redes sociais, arquitetada por influenciadores e comunicadores. A filha do general chegou a ouvir que o pai era um “traidor da Pátria”. Antes da posse de Lula, as publicações tinham o objetivo de pressioná-lo a aderir ao plano. Depois, culpá-lo por permitir a transição de poder.

Termos ditos internamente por ele, como “estabilidade institucional” e “impossibilidade de ruptura democrática”, ganharam contornos condenatórios quando vazados para grupos de militares e civis radicalizados. “Vamos deixar esse general melancia famoso”, dizia a postagem de um civil com a foto de Stumpf em uma rede social.

O nome do general Stumpf, então comandante militar do Sul, foi citado em diálogos entre o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, assistente do Comando Militar do Sul, e o coronel de infantaria Fabrício Moreira de Bastos, que na ocasião trabalhava no Centro de Inteligência do Exército. Em um dos ataques, o general foi relacionado em uma lista de “5 generais can@lhas” que se opuseram ao golpe.

Stumpf era o terceiro da lista, que ainda contou com os seguintes generais: Richard Nunes [então comandante militar do Nordeste, atual chefe do Estado-Maior do Exército]; Tomás Ribeiro Paiva [então comandante militar do Sul, atual comandante das Forças Armadas]; André Luís Novaes Miranda [à frente do Comando Militar do Leste]; e Guido Amin Naves [então chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia da Força Terrestre, atual comandante militar do Sudeste].

“A partir desse momento, o modus operandi da milícia digital é empregado pela organização criminosa para pressionar, atacar e expor os generais contrários ao golpe de Estado. No dia seguinte, uma pesquisa realizada na plataforma X (antigo Twitter) revelou que pelo menos um perfil publicou as fotos dos generais trocadas entre Corrêa Netto e Bastos”.

O post dizia: “Dos dezenove generais, estes cinco c@nalh@s não aceitam a proposta do povo. Querem que Lularápio assuma (…). Repasse para ficarem famosos. Todos melancias, verdes por fora, vermelhos por dentro”.

O general Stumpf afirma: “Tudo o que fiz foi com o conhecimento do Alto-Comando do Exército, alinhado com o [então comandante] general Freire Gomes. Existe uma lealdade muito forte no Alto-Comando”, disse Stumpf. “O que nós solicitamos ao TSE era que ampliasse a segurança das urnas por meio de algumas práticas, como o teste de integridade com biometria. E essas medidas, de fato, foram implementadas. Foi muito positivo para reforçar a segurança das urnas. O foco sempre foi preservar a democracia, fortalecendo a credibilidade das urnas eletrônicas”.

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