Fundador do PRTB aciona a PF contra presidente do partido de Marçal
Irmão de Levy Fidelix afirmou que Avalanche, principal fiador da candidatura de Pablo Marçal, levou “organizações criminosas” para o PRTB
atualizado
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Um dos fundadores do PRTB, Júlio Cézar Fidelix da Cruz foi à Polícia Federal nesta sexta-feira (4/10) e abriu um Boletim de Ocorrência contra o presidente do partido, Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche. O atual chefe da legenda é, hoje, o principal fiador da candidatura de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo.
À Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Constitucional, Júlio Fidelix afirmou que “há presença do crime organizado dentro do PRTB” e responsabiliza Leonardo Avalanche. Irmão do antigo presidente do partido, o falecido Levy Fidelix, Júlio afirma que o atual líder da legenda infringe a Constituição ao utilizar a sigla como “organização paramilitar”.
“O presidente está flagrantemente trazendo prejuízo ao capital de imagem político-partidária, bem como ao seu patrimônio”, diz o Boletim de Ocorrência. Ele diz reconhecer a veracidade do áudio em que Avalanche afirma ter ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Foi na mesma gravação em que o dirigente disse ter recebido decisões antecipadas do ministro do STF Alexandre de Moraes e ter apoio de figuras como Michel Temer.
Júlio Fidelix pede a inclusão do áudio em inquérito policial e ainda afirmou no Boletim de Ocorrência que apresentará mais provas em petição a ser entregue em breve. O depoimento foi conduzido pelo delegado Renato Pereira de Oliveira.
Presidente do PRTB em voo com investigado por elo com PCC
Como mostrou a coluna, Leonardo Avalanche embarcou num voo particular ao lado de dois homens investigados por suspeita de elo com organizações criminosas: o PCC e o Novo Cangaço.
As imagens mostram Avalanche ao lado de Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente do PRTB-SP indiciado por supostamente trocar carros de luxo por cocaína para o PCC.
Avalanche também interagiu com Edilson Ricardo da Silva, candidato a vereador em Mogi das Cruzes e condenado por integrar uma quadrilha que atacou uma companhia da PM e roubou os caixas eletrônicos de uma agência bancária. Silva chegou a ser preso em 2013, mas foi solto em 2014.