“Fui vítima de criminosos”, diz ex-vice da Câmara chamado de vagabundo
Chamado de “vagabundo” por servidor da Abin quando era vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos reage: “Assunto de polícia”
atualizado
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Ao ler na coluna que foi chamado de “vagabundo” pela cúpula da Abin quando era vice-presidente da Câmara, na legislatura passada, Marcelo Ramos (PT-AM) reagiu. Ramos foi chamado de “vagabundo” pelo policial federal Marcelo Bomevet, ex-chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin no governo Bolsonaro, preso pela Polícia Federal na operação que apura o monitoramento ilegal de autoridades.
Na conversa com o militar cedido à Abin Giancarlo Rodrigues, também preso, Bomevet sugeriu que Marcelo Ramos tivesse seus passos rastreados pela “Abin paralela”.
“O meu incômodo é apenas com mais uma constatação de que, infelizmente, esse governo anterior não tinha limites morais ou legais. O ponto positivo é a apuração dos fatos e a punição dos envolvidos”, disse Ramos.
“Quem faz o certo não teme monitoramentos. Só nunca podemos admitir ilegalidades. Estando ao lado da democracia e da missão pública encarada com lisura e coerência, mas com a combatividade necessária frente a posturas inaceitáveis, fui vítima de criminosos. Eles não aprenderam a conviver com as diferenças naturais do debate político. Daqui por diante, esse não é um assunto da política, é um assunto da polícia. Que se faça justiça”.
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) não chegou a ser xingado, mas teve o celular monitorado pela agência.