Fugitivos de Mossoró não entregarão comparsas do CV, acredita PF
Integrantes da PF que atuaram na caçada aos dois fugitivos de Mossoró, que integram o CV, apontam motivo para pessimismo no interrogatório
atualizado
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Integrantes da Polícia Federal (PF) que atuaram na caçada a Deibson Nascimento e Rogério Mendonça acreditam que os fugitivos de Mossoró, finalmente capturados nesta quinta-feira (4/4), não vão colaborar com o interrogatório planejado pelo Ministério da Justiça. A intenção da PF é desvendar todos os detalhes da fuga e obter nomes de comparsas, sobretudo do Comando Vermelho (CV), que auxiliaram a dupla.
Não há otimismo, contudo, sobre eventual postura colaborativa dos criminosos, que integram o CV. Isso porque, presos e sem previsão de redução da pena, Nascimento e Mendonça não teriam estímulo suficiente para entregar os cúmplices. “A chance de falarem é praticamente zero”, avaliou um membro da PF que atua no caso.
Além de nomes, o Ministério da Justiça tentará obter, da dupla, informações que possam servir para melhorar a segurança dos presídios. E, dessa forma, eliminar as brechas que permitiram a fuga inédita de uma penitenciária de segurança máxima.
A pasta quer desenhar uma espécie de “raio-X” da evasão, etapa por etapa. Desde o momento em que os presidiários perceberam que a fuga era possível até o deslocamento a Marabá, no Pará, onde os criminosos foram pegos.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram presos por equipes da PF e PRF em Marabá, a 1,6 mil quilômetros da Penitenciária Federal de Mossoró.
Um dia antes, na quarta-feira (3/4), a Polícia Federal prendeu, em Fortaleza, um integrante do CV suspeito de auxiliar na fuga. Ele foi identificado como João Victor Xavier da Cunha, de 25 anos.