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FAB paga R$ 86 mi para empresa de Israel cuidar de avião não tripulado

Em meio à tensão após declarações de Lula sobre Gaza, FAB contrata Israel Aerospace para manutenção de aeronaves não tripuladas

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Gino Marcomini/Tecnologia & Defesa
FAB drones
1 de 1 FAB drones - Foto: Gino Marcomini/Tecnologia & Defesa

Em meio à tensão envolvendo Brasil e Israel por conta de declarações de Lula sobre Gaza, a Força Aérea Brasileira (FAB) vai pagar R$ 86 milhões, em contrato firmado por inexigibilidade de licitação, a uma empresa israelense. A Israel Aerospace Industries LTD cuidará da manutenção de duas aeronaves remotamente pilotadas modelo Heron-I. O contrato estabelece a prestação de serviços, por demanda, de suporte logístico ao sistema dos aviões.

As duas aeronaves Heron-I foram compradas pela Polícia Federal (PF) em 2009 por R$ 27 milhões, em um programa de vigilância que foi encerrado depois de mais de R$ 150 milhões em despesas.

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Manutenção de aeronaves não tripuladas vai custar R$ 86 milhões
Heron-I é usado em operações de vigilância e inteligência
Base de Lula questiona contratos da FAB com Israel
Aeronaves não tripuladas Hermes 900 foram compradas pela FAB em 2021
FAB adquiriu mais duas aeronaves de Israel para o Esquadrão Horus
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Aeronaves custaram R$ 27 milhões à PF e foram doadas à FAB

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Manutenção de aeronaves não tripuladas vai custar R$ 86 milhões

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Heron-I é usado em operações de vigilância e inteligência

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Base de Lula questiona contratos da FAB com Israel

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Aeronaves não tripuladas Hermes 900 foram compradas pela FAB em 2021

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FAB adquiriu mais duas aeronaves de Israel para o Esquadrão Horus

Gino Marcomini/Tecnologia & Defesa

Entre 2011 e 2016, as aeronaves voaram apenas mil horas das 40 mil horas previstas pelo programa. Elas ficaram guardadas em um galpão na cidade de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, entre 2016 e 2019, quando foram doadas à FAB e incorporadas, em 2020, ao Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação, chamado Esquadrão Orungan. Em 2021, a FAB adquiriu duas aeronaves não tripuladas Hermes 900, usadas pelo Esquadrão Hórus. 

Atualmente, os Heron-I são usados por mais de 20 países e missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. Os drones são equipados com câmeras de alta resolução com capacidade para atuar em longas distâncias mesmo à noite ou com pouca luz.

Eles podem voar em grandes altitudes e acompanhar rotas aéreas usadas para o tráfico de armas e drogas, com características que dificultam sua visualização a partir da terra. Pelo acordo com a FAB, a PF ainda pode usar os Heron-I em suas operações.

Em contato com a coluna, a FAB informou que a contratação da empresa israelense, fabricante das aeronaves, prevê a manutenção e fornecimento de peças.

Leia abaixo a nota da FAB sobre o contrato com a Israel Aerospace Industries:

“A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que a contratação de serviços de suporte logístico ao sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) Heron-I é feita por inexigibilidade de licitação, uma vez que os serviços demandados serem fornecidos de forma exclusiva pelo fabricante das unidades, conforme prevê a Lei nº 14.133.

A contratação em pauta visa a permitir a manutenção e o fornecimento de peças para a frota das aeronaves, que desempenham missões estratégicas de defesa e proteção do território brasileiro: Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).

O valor total do contrato para os serviços é de R$ 86,1 milhões, a ser empenhado conforme orçamento disponível e necessidade, e inclui suporte para manutenção durante um período de 58 meses, cobrindo 2.417 horas de voo, visitas técnicas, revisão (overhaul) de motores e fornecimento de componentes.”

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