Ex-comandante de Operações da PM nega corpo mole: “Agi conforme a lei”
Comandante de Operações da PM-DF durante as invasões de domingo, Jorde Eduardo Naime, exonerado do cargo, nega que tenha feito corpo mole
atualizado
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Comandante de Operações da PM-DF durante as invasões de domingo, Jorde Eduardo Naime, exonerado do cargo, nega que tenha feito corpo mole. Como a coluna mostrou, a corregedoria da Polícia Militar apura se Naime retardou a tropa intencionalmente para permitir a fuga de manifestantes.
Por meio de seu advogado, Gustavo Mascarenhas, Naime afirma ter agido “conforme a técnica e a lei”. A coluna divulga, abaixo, a íntegra do posicionamento do ex-comandante de Operações da PM-DF.
“Após intenso trabalho durante o ano de 2022, Naime iniciou período de licença recompensa no dia 3 de janeiro, com previsão de término para o dia 8 seguinte.
Ao final desse intervalo, iniciaria o gozo de suas férias. Naime voltaria às suas funções apenas em fevereiro. No final de semana dos acontecimentos, portanto, Naime estava dispensado dos seus afazeres, fora de Brasília, com sua família.
Na tarde de domingo, o Palácio do Buriti solicitou, via contato telefônico, a presença do então Comandante Naime para fazer parte da operação em andamento, almejando reestabelecer a ordem na Esplanada, motivo pelo qual ele regressou à Brasília.
Naime somente chegou à Esplanada por volta das 18h. Foi neste momento em que assumiu a coordenação da operação para remover os civis que ainda estavam no Congresso Nacional.
Seguiu com o protocolo de esvaziamento dos prédios públicos e reestabelecimento da ordem, retirando, juntamente com a tropa, civis que se encontravam ainda no perímetro da Esplanada, realizando centenas de prisões. Durante esse período, ao efetuar uma das prisões, foi nas atingido pernas por um rojão disparado contra os policiais.
Mesmo ferido, continuou com as tropas, dando efetividade ao reestabelecimento da ordem pública. Em suma, tendo sido convocado, em cima da hora, durante período de dispensa, Naime coordenou a operação, desde o momento em que chegou ao palco dos eventos, visando minorar o dano.
Agiu conforme a técnica e a lei. Realizou todas as prisões ao alcance da tropa com a qual contava no momento, procurando sempre assegurar a segurança de todos – civis e militares.”