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Engenheiro indiciado com Bolsonaro desenvolveu urna eletrônica com TSE

Engenheiro formado pelo ITA foi contratado pelo PL de Bolsonaro para contestar urnas e foi indiciado pela PF junto ao ex-presidente

atualizado

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Carlos Cesar Moretzsohn Rocha desenvolveu urnas para o TSE e foi indiciado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Carlos Cesar Moretzsohn Rocha desenvolveu urnas para o TSE e foi indiciado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

Indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o engenheiro Carlos Cesar Moretzsohn desenvolveu as urnas eletrônicas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua empresa foi contratada em 1995 e até iniciou uma disputa judicial para registrar a patente do equipamento.

A vencedora do edital para desenvolver a urna eletrônica foi a multinacional Unisys, que subcontratou a Omnitech Serviços em Tecnologia e Marketing LTDA, da qual Carlos Rocha é sócio. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) negou o pedido de registro de patente do engenheiro, uma vez que faltava o “requisito da novidade”. O órgão argumentou que os detalhes da máquina já constavam no edital.

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Ex-presidente Jair Bolsonaro estava pescando durante a operação
Mario Fernandes foi secretário-adjunto da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro
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Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (à direita) com Moraes durante visita ao TSE

Alejandro Zambrana/TSE/Divulgação
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Ex-presidente Jair Bolsonaro estava pescando durante a operação

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Mario Fernandes foi secretário-adjunto da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro

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BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Carlos Moretzsohn Rocha se formou em engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1977. Ele se especializou em segurança da informação e em sistemas de missão crítica.

Em 2021, ele fundou o Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para demonstrar uma suposta falha nas urnas eletrônicas e contestar a derrota de Jair Bolsonaro para Lula em 2022. A tentativa fracassou e a legenda foi multada em R$ 22 milhões pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A participação na ação fez com que Carlos Rocha se tornasse alvo das investigações envolvendo os atos antidemocráticos. Antes das eleições que ele contestou, o engenheiro visitou a “sala secreta” do TSE, onde ocorre a totalização dos votos, acompanhado de Moraes, então presidente da Corte Eleitoral.

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