Emissora dos EUA se recusa a transmitir discurso de Trump após vitória
Emissora MSNBC citou “custo de transmitir conscientemente coisas falsas”; iniciativa gerou reclamações do campo conservador
atualizado
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A emissora de TV norte-americana MSNBC se negou a transmitir ao vivo o discurso de Donald Trump após sua vitória nas prévias do Partido Republicano no estado de Iowa. O canal afirmou que vai “monitorar” os discursos de Trump para não “transmitir conscientemente coisas falsas”.
A decisão foi anunciada pela âncora Rachel Maddow durante a cobertura das prévias. A apresentadora disse que “não foi uma decisão fácil” por parte da emissora.
“Neste momento, o vencedor projetado de Iowa acabou de começar a fazer seu discurso da vitória. Vamos ficar de olho nisso enquanto acontece. Vamos deixar você saber se houver alguma novidade sobre o discurso, se houver algo que valha a pena, algo substantivo e importante”, disse Maddow quando Trump iniciou o discurso, na noite de segunda-feira (15/1), antes do anúncio oficial da vitória.
“Há uma razão pela qual nós e outros portais de notícias em geral paramos de ceder a plataforma ao vivo para comentários do ex-presidente Trump. Não é por desrespeito. Não é uma decisão da qual gostamos”, disse a âncora. A iniciativa do canal, claro, gerou reclamações da direita nos Estados Unidos e no exterior.
No discurso, Donaldo Trump disse que pretende fechar a fronteira dos EUA devido à “invasão” de estrangeiros no país. “Vamos selar a fronteira. Neste momento, temos uma invasão. Temos uma invasão de milhões e milhões de pessoas que estão a entrar no nosso país. Não consigo imaginar porque é que eles acham que isso é uma coisa boa”, afirmou o ex-presidente.
Donaldo Trump venceu as prévias de Iowa com votação recorde de 51% dos votos dos delegados, deixando para trás Ron DeSantis, com 21% dos votos, e Nikki Haley, com 19%. O ex-presidente levou vantagem principalmente nas áreas rurais, com 39%, e entre eleitores sem diploma universitário, levando 67% desse eleitorado.
Trump recebeu ainda 46% dos votos em subúrbios, 50% em áreas urbanas e 37% entre republicanos com curso superior.