Do Val desabafa com presidente do Senado: “Quase perdi minha família”
Alvo de operação da Polícia Federal (PF), Marcos do Val fez um desabafo ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD): “O sistema venceu”
atualizado
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Alvo de operação de busca e apreensão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, Marcos do Val desabafou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Em mensagem enviada ao chefe do Legislativo, Do Val disse que esteve perto de “perder sua família”.
Isso porque a Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva do senador. Só que Moraes, no quesito em questão, seguiu a recomendação da Procuradoria-Geral da República contra o encarceramento. No desabafo a Pacheco, Do Val afirmou que o magistrado e Flávio Dino, ministro da Justiça, tentam “calá-lo” e “intimidá-lo”.
Do Val alega que o intuito da operação seria apreender o material que apresentaria à CPMI para mostrar suposta conivência do Planalto nas invasões do 8 de janeiro. No fim do texto, diz que “o sistema venceu”. Leia, abaixo, a íntegra da mensagem.
“O sistema venceu”, escreveu Do Val
“Pacheco, na petição não foi citado que enviei mensagens para o ministro Alexandre de Moraes, atualizando-o sobre os movimentos antidemocráticos do Daniel Silveira. Pelo contrário, na decisão argumentam uma relação próxima e com a finalidade de que estaríamos juntos, eu e Daniel, planejando o ato antidemocrático.
Inacreditável, já que estava fazendo o meu trabalho de defender a democracia, de preservar os poderes e respeitar o resultado das eleições, como posso provar via rede social. Só ler as mensagens que trocava com o ministro Alexandre de Moraes.
Isso já é mais que suficiente para provar que a decisão de busca e apreensão e o pedido de prisão foram claramente perseguidores. A decisão aconteceu após eu tornar público que o STF e o Ministério da Justiça foram avisados com antecedência, conforme o documento da Abin.
Simplesmente Alexandre de Moraes junto com o Flávio Dino vieram com força para me calar e intimidar, levando todas as provas que eu iria apresentar na CPMI. Jamais na minha vida seria capaz de pensar em pertencer a um grupo criminoso e antidemocrático.
Isso feriu a minha honra e da minha esposa. Dou os meus parabéns ao “sistema”, eles venceram. Minha família é prioridade e por pouco não a perdi nesta semana.”