Expoente do espiritismo kardecista no Brasil, Divaldo Franco resolveu, em palestra, entrar na seara política e virou alvo da esquerda. Tudo começou quando o religioso afirmou que estava vendo a “fotografia” do fim dos tempos.

Após citar como exemplos a pedofilia, a eutanásia, o aborto e a pena de morte, Divaldo Franco criticou as prisões de bolsonaristas extremistas em Brasília. O religioso contestou “a desfaçatez como encaramos as coisas feitas pelos poderosos e silenciamos” e emendou:

“Estamos vendo aí leis absurdas, prisões estúpidas sem julgamento. Como é que pegam pessoas na rua, botam no ônibus e levam para a cadeia? ‘Ah, mas são terroristas’. Mas ninguém estava com revólver, nem faca, nem canivete, nem Gilette, nem cortador de unha. Não tinha nada.”

Esse trecho específico da palestra circulou em grupos da esquerda e gerou centenas de comentários nas redes sociais.

“Parece que Divaldo Franco não viu os vídeos do dia. Questiono, quem são os mentores espirituais dele: Ustra? Hitler? Mussolini? Pinochet?”, escreveu um internauta no Twitter.

“Não representa o real espiritismo. Infelizmente as religiões são representadas nesta terra por humanos falhos”, disse outra usuária da rede social.

Em julho de 2022, Divaldo Franco foi homenageado por Bolsonaro com a Insígnia da Ordem do Rio Branco. Na eleição de outubro, o líder espiritual declarou apoio ao então presidente.