metropoles.com

Dino fez ataque certeiro ao Congresso, avaliam líderes

Bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas por Flávio Dino aconteceu em momento de inércia do Congresso, com vácuo de poder na Câmara e Senado

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Gustavo Moreno/STF
No Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino é o ministro relator da ação sobre as emendas
1 de 1 No Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino é o ministro relator da ação sobre as emendas - Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino fez uma ofensiva certeira ao Congresso Nacional ao bloquear o pagamento de R$ 4,2 bilhões de emendas nesta segunda-feira (23/12). Líderes envolvidos com o desenho do Orçamento de 2025 apontaram à coluna que a decisão veio num momento em que o Legislativo não pode reagir, não somente porque está em recesso, mas porque passa por um momento de vácuo de poder nas duas Casas.

Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-AP), presidiram suas últimas sessões na semana passada. Nesta segunda, o Congresso entrou em recesso e, quando voltar a funcionar, elegerá os novos presidentes de ambas as Casas. O amplo favorito para chefiar os deputados é Hugo Motta (Republicanos-PB), enquanto o futuro comandante dos senadores deve ser Davi Alcolumbre (União-AP).

5 imagens
Arthur Lira (PP-AL) escolheu o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como seu candidato na disputa pelo comando da Câmara em 2025
Pacheco vai deixar a presidencia do Senado
Alcolumbre define Otto Alencar na CCJ, dizem aliados
No Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino é o ministro relator da ação sobre as emendas
1 de 5

Ana Luíza Souza
2 de 5

Arthur Lira (PP-AL) escolheu o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como seu candidato na disputa pelo comando da Câmara em 2025

Marina Ramos/Câmara dos Deputados
3 de 5

Pacheco vai deixar a presidencia do Senado

Evandro Macedo/LIDE
4 de 5

Alcolumbre define Otto Alencar na CCJ, dizem aliados

Roque de Sá/Agência Senado
5 de 5

No Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino é o ministro relator da ação sobre as emendas

Gustavo Moreno/STF

Ou seja: até fevereiro, o Congresso não deve reagir porque Lira e Pacheco estão de saída, ao mesmo tempo em que Motta e Alcolumbre ainda não assumiram seus cargos oficialmente. Líderes partidários também afirmaram, sob reserva, que enfrentam dificuldades para se comunicar entre si. Vários estão “de férias” nos seus estados e não estão comparecendo com assiduidade aos grupos de WhatsApp.

Relator do Orçamento de 2025, que não pôde ser votado no fim deste ano, o senador Ângelo Coronel afirmou que não há como prever possíveis alterações no texto. O parlamentar ressalta que as exigências do STF já foram cumpridas com os novos parâmetros de transparência das emendas, aprovados pelo Congresso e sancionado pelo governo Lula.

“As exigências estão sendo cumpridas, tanto para rastreamento como transparência. Confesso que não entendi essa decisão. Acho que o ministro Dino pode ter dado uma decisão que já foi dada, pedindo a lei 210, acordada entre os Poderes. Quanto à transparência passada, o Senado fez um sistema em que parlamentares entram e geram um oficio mostrando que as emendas sem autor identificado eram dele”, disse o relator à coluna.

Coronel afirmou que ainda não conseguiu entrar em contato com Rodrigo Pacheco para falar sobre a decisão de Flávio Dino.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?