Dino demite PF que cobrava propina para proteger empresários
Delegado da PF demitido por Dino atuava para impedir que investigações chegassem a empresários da área de saúde acusados de fraudes
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, demitiu nesta sexta-feira (22/9) o delegado da Polícia Federal (PF) Wallace Fernando Noble Santos Soares. Ele foi denunciado em 2020 por cobrar propina para proteger empresários da área de saúde investigados pela PF no Rio de Janeiro.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Soares e outro delegado federal recebiam “mesadas” de R$ 5 mil para passar informações sobre investigações e impedir que elas chegassem a empresários que participavam de esquemas de fraude.
Na época, além de Soares, foram denunciados o também delegado da PF Lorenzo Martins Pompilio da Hora e os empresários Marcelo Freitas Lopes, Durival de Farias, Dulcinara de Farias, Victor Duque Estrada Zeitune e Marcelo Guimarães. Todos foram acusados pelos crimes de corrupção, lavagem de ativos e organização criminosa.
Em outro inquérito, Soares teria recebido R$ 480 mil em propina para trabalhar pelo arquivamento das investigações.
Esta foi segunda demissão de Soares neste ano. Ele já havia sido desligado dos quadros da PF em maio, também devido às acusações de corrupção. A medida impede que ele volte a atuar na PF caso os efeitos da primeira demissão sejam revertidos por decisão judicial.