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Derrite tira aposentadoria de policial por mesada de R$ 5 mil do PCC

Decisão de Derrite incluiu outro agente, demitido a bem do serviço público; policial foi flagrado em escutas telefônicas do MPSP

atualizado

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Saidinha PCC Guilherme Derrite
1 de 1 Saidinha PCC Guilherme Derrite - Foto: Renan Porto/ Metrópoles

Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite determinou a cassação da aposentadoria do policial civil Renato Pexeiro Pinto, conhecido como “Peixe”. O agente foi condenado pela 2ª Vara da Fazenda Pública por improbidade administrativa, acusado de receber “mesada” de R$ 5 mil de traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

No mesmo processo, também foi condenado o investigador de polícia Mark de Castro Pestana, o “Max”. Ele foi punido por Derrite com a demissão a bem do serviço público. As investigações conduzidas pela Corregedoria de Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), apontaram que Peixe e Max tinham um acordo com o grupo liderado pelo traficante Wanderson de Paula Lima, o Andinho, um dos líderes do PCC.

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PCC pagava propina a agentes para manter o tráfico
Derrite puniu policiais envolvidos com o PCC
PCC orientou votos de familiares e amigos de integrantes em São Paulo
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Agentes atuavam no 10º Distrito Policial de Campinas

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PCC pagava propina a agentes para manter o tráfico

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Derrite puniu policiais envolvidos com o PCC

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Em conversas telefônicas monitoradas pela polícia, os dois foram citados como informantes e colaboradores da facção por um traficante identificado como Agnaldo Aparecido da Silva Simão, conhecido como “Codorna”. “A relação entre os requeridos e os traficantes do bairro Jardim São Fernando foi descoberta pelo Gaeco quando havia investigação de outra quadrilha formada por policiais da capital e que estavam exigindo pagamento de valores para não efetuar as prisões”, diz a denúncia contra Max e Peixe.

“Uma escuta telefônica da polícia descobriu tais traficantes fazendo referência ao pagamento de valores aos requeridos, e o fato foi confirmado pelo traficante Agnaldo Aparecido da Silva Simão, conhecido como ‘Codorna’. ‘Codorna’ contou, ainda, que mensalmente entregava aos policiais Peixe e Max, como são conhecidos os requeridos, a quantia de R$ 5.000,00”, apontou o MPSP no inquérito contra os policiais. O valor anual da propina chegava a R$ 300 mil para cada agente.

Peixe e Max foram presos em junho de 2013, quando estavam lotados no 10º Distrito Policial de Campinas. Em 2015, foram libertados mediante habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em 2019, os policiais foram condenados à perda da função pública, suspensão de direitos políticos, multa de R$ 144 mil e proibição de contratar com o poder público por 5 anos. Renato Pexeiro Pinto também foi condenado a devolver mais R$ 144 mil aos cofres públicos por enriquecimento ilícito.

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