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Derrite cassa aposentadoria de agente preso por extorquir comerciantes

Agente punido por Derrite atuava em Guarulhos e praticava extorsão ao lado da esposa, uma policial militar, e do sobrinho dela

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Sergio Barzaghi/Governo de SP
Foto colorida de Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP) de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP) de São Paulo - Metrópoles - Foto: Sergio Barzaghi/Governo de SP

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, cassou a aposentadoria do investigador da Polícia Civil Denir Almeida Silva, condenado por ameaçar e extorquir comerciantes em Guarulhos, na Região Metropolitana. Denir atuava no 9º Distrito Policial e foi preso em 2019 ao lado da esposa, a policial militar Cláudia Haydee Rissatto, e do sobrinho dela, Vinícius Souza Silva.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), no dia 3 de junho de 2019, o trio invadiu dois estabelecimentos comerciais em Guarulhos para cobrar dinheiro dos comerciantes. No primeiro, uma adega, Denir iniciou a abordagem questionando o proprietário sobre o preço dos produtos. Em seguida, Cláudia e Vinícius se aproximaram.

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Ministério Público de São Paulo denunciou Denir e a esposa, policial militar, por extorsão contra comerciantes
Guilherme Derrite cassou aposentadoria de investigador condenado a 15 anos de prisão por extorsão
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Investigador atuava no 9º Distrito Policial e foi preso por extorsão em 2019

Reprodução
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Ministério Público de São Paulo denunciou Denir e a esposa, policial militar, por extorsão contra comerciantes

Divulgação/MPSP
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Guilherme Derrite cassou aposentadoria de investigador condenado a 15 anos de prisão por extorsão

Sergio Barzaghi/Governo de SP

O comerciante foi questionado se mantinha algum “esquema” com a delegacia local. “Diante da resposta negativa, se apresentaram como policiais civis da Corregedoria, conduziram a vítima até o estoque do estabelecimento e, sob a alegação de constatação de irregularidades, exigiram o pagamento do valor de R$ 3.000,00. Neste caso, a vítima, com medo das acusações, acabou negociando o pagamento de R$ 1.000,00”, diz a denúncia do MPSP.

Depois disso, o trio se dirigiu a outro estabelecimento, onde exigiu o pagamento de R$ 600 alegando que a loja vendia produtos sem nota fiscal. Nesse caso, foram entregues R$ 300 por uma funcionária do estabelecimento.

No dia seguinte, 4 de junho de 2019, Denir, Cláudia e Vinicíus usaram a mesma tática em outro estabelecimento, onde apontaram a venda de cigarros paraguaios falsificados para exigir o pagamento de propina. Nessa abordagem, Denir usava um distintivo da Polícia Federal.

Os três comerciantes ameaçados acabaram registrando boletins de ocorrência na mesma delegacia onde Denir atuava. O caso foi levado à Corregedoria de Polícia, que chegou até Vinícius. O sobrinho de Cláudia admitiu ter acompanhado o casal nas abordagens aos comerciantes. Eles acabaram sendo presos preventivamente no dia 7 de junho por extorsão e associação criminosa.

No dia 13 de maio de 2020, Denir foi condenado a 15 anos e 6 meses de prisão por extorsão majorada pelo concurso de pessoas. Cláudia foi condenada a 11 anos e 8 meses de prisão. Em 2021, Denir conseguiu na Justiça uma medida liminar que garantiu sua aposentadoria.

A aposentadoria foi cassada pelo secretário Guilherme Derrite nesta terça-feira (14/5), a partir da conclusão de procedimento administrativo disciplinar da Polícia Civil de São Paulo. Na esfera administrativa, Denir foi condenado por descumprir itens dos artigos 74 (procedimento irregular, de natureza grave) e 75 (exigir, receber ou solicitar vantagem indevida) da Lei Complementar 207, de janeiro de 1979.

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