Deputados justificam não visitar Silveira na prisão: “Para o bem dele”
Deputados federais e estaduais que já foram unha e carne com Daniel Silveira apresentam argumento para não visitá-lo no presídio de Bangu 8
atualizado
Compartilhar notícia
Parlamentares que foram unha e carne com Daniel Silveira ainda não visitaram o bolsonarista no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro, passado mais de um ano da prisão. Com mandatos de deputado federal e deputado estadual, argumentam que a ausência de contato com a classe política seria positiva para o próprio Silveira.
Sob reserva, dois deputados afirmam que a Polícia Federal teria buscado apurar se Silveira tentou, de dentro da cadeia, articular movimentos políticos extramuros. E que, portanto, suas visitas poderiam “dar margem a interpretações” e prejudicar o aliado na tentativa de migrar para o regime semiaberto. Ou, pior, fazer com que Daniel Silveira fosse transferido para uma penitenciária federal fora do Rio.
Esses parlamentares, contudo, mantêm contato frequente com Paola Silveira, mulher do ex-deputado. E pediram que ela repassasse ao marido o porquê da ausência de visitas em Bangu 8.
Os relatos da esposa indicam que Daniel Silveira estaria demonstrando bom comportamento no presídio.
Pedido negado
Logo que Silveira foi preso, em 2 de fevereiro, Moraes determinou que o ex-deputado só poderia receber visitas de familiares e advogados. Depois, a medida foi afrouxada.
Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques ao STF. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes negou pedido do ex-deputado para progredir para o regime semiaberto.
Na decisão, Moraes também ordenou que Silveira “comprove o pagamento da pena de multa imposta” pelo descumprimento de determinações judiciais. Somadas, as punições financeiras somam R$ 4,3 milhões.