Deputados cobram lei contra etarismo após hotel recusar hóspede 40+
Deputados de direita e esquerda se unem e cobram avanço de projeto de lei que pune etarismo; mulher foi recusada em hotel por ter mais de 40
atualizado
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Após uma mochileira ser recusada em um hostel por ter mais de 40 anos, deputados federais de esquerda e de direita se uniram para cobrar o avanço de um projeto de lei que busca prevenir e punir casos de etarismo, a discriminação por idade.
Daniel Agrobom (PL) e Marcos Tavares (PDT) protocolaram, em 2023, a proposta que cria o “Programa Nacional de Prevenção ao Etarismo”. O texto, contudo, está emperrado na comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, aguardando a indicação do relator.
Em ofício enviado nesta quarta-feira (19/6) ao presidente da comissão, Dr. Francisco (PT), os parlamentares pedem urgência na tramitação do projeto e destacam o ocorrido com a mochileira Marcia Reis, em Bruxelas.
“Aconteceu na Europa, mas pode acontecer no Brasil. O projeto que protocolamos trata da prevenção de casos de etarismo, bem como da proteção e recuperação das vítimas. Inclusive, fornecendo a elas atendimento jurídico gratuito, para que quem cometa etarismo possa ser responsabilizado”, afirmou Daniel Agrobom.
“O etarismo pode causar diversos reflexos negativos, como sentimentos de inutilidade, o afastamento do convívio em sociedade, prejudicando diretamente a qualidade de vida dessas pessoas. Sendo assim, é necessário educar a população sobre a gravidade da prática de etarismo. O envelhecimento merece ser respeitado, para que sejam garantidos os direitos à saúde e dignidade humana”, concluiu Agrobom.
Como mostrou a coluna, Marcia Reis, de 60 anos, foi recusada na recepção de um hostel que só aceita hóspedes de até 40 anos.