Deputado suspeito de pedofilia foi acusado por Kajuru em 2016
Senador Jorge Kajuru afirmou que deputado do PL, hoje suspeito de manter relações com menor, assediava jovens de categoria de base de clube
atualizado
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Suspeito de manter relações íntimas com um adolescente menor de 18 anos após a Polícia Civil prender dois de seus funcionários, o deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL-GO) foi acusado de pedofilia, em 2016, pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Um segurança e um assessor do parlamentar de Ribeiro foram detidos, nesta quinta-feira (12/12), por supostamente invadir a casa do menor e obrigar o jovem a apagar imagens de momentos íntimos com o congressista.
Oito anos atrás, Kajuru afirmou que Alcides Ribeiro assediava adolescentes que jogavam futebol nas categorias de base do Atlético Clube Goianiense. Procurado pela coluna, o senador evitou comentar a operação que mirou aliados do deputado. “Hoje, aprendi na vida que não vale a pena entrar em coisas pessoais”, disse.
Kajuru retirou o que havia dito e chegou a pedir desculpas ao deputado, com quem passou a manter boa interlocução.
Alcides Ribeiro ainda não se manifestou sobre a operação. O espaço segue aberto. A Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra três pessoas denunciadas por invadir a residência do menor para, supostamente, apagar as imagens comprometedoras que estariam no celular dele. Um dos presos é segurança do congressista, que mora em Aparecida de Goiânia, enquanto outro é assessor do deputado em Brasília.
A suspeita da polícia é que os presos teriam feito com que o menor fornecesse a senha do celular para deletar imagens que estavam na galeria de fotos e salvas na nuvem. Os mandados foram cumpridos pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.
“O referido crime hediondo teria por fim apagar vídeos, fotos e conversas armazenados nos aparelhos telefônicos, bem como salvos no iCloud, com o objetivo de ocultar relação íntima entre o adolescente e um parlamentar. A DPCA de Aparecida passou a diligenciar para qualificar e localizar os investigados, os quais restringiram a liberdade do adolescente, o qual foi ameaçado com a utilização de armas de fogo para que entregasse os aparelhos telefônicos e fornecesse a senha do ICloud”, informou a Polícia Civil de Goiás, em nota.