Deputado quer moção de repúdio contra filho de Lula na Câmara
Deputado bolsonarista Marcos Pollon apresentou requerimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara
atualizado
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O deputado bolsonarista Marcos Pollon, do PL, apresentou pedido de moção de repúdio contra Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Lula, na Câmara dos Deputados. Luís Cláudio foi acusado na terça-feira (2/4), pela ex-companheira, a médica Natália Schincariol, de violência física e psicológica.
No requerimento, protocolado na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Pollon afirma que “a violência contra a mulher é um dos aspectos que deve ser repudiado, coibido e denunciado”.
“Atos de violência contra a mulher não são aceitáveis em nosso ordenamento jurídico, nem tampouco em nossa sociedade, em regra estes atos são cometidos por homens que não prezam pela vida de sua esposa ou parceira”, argumenta o deputado. O requerimento ainda não foi votado pelos integrantes da comissão.
No boletim de ocorrência registrado contra Luís Cláudio Lula da Silva, Natália Schincariol alega que teria sido agredida pelo ex-companheiro com uma cotovelada, em janeiro, durante uma discussão, e que chegou a ser hospitalizada com crises de ansiedade devido à pressão psicológica exercida pelo filho do presidente.
“As agressões são de natureza física, verbal, psicológica e moral, e têm se intensificado ao longo do tempo, colocando em risco a minha integridade física e mental”, disse. Após a denúncia, a Justiça estabeleceu medidas protetivas visando garantir a integridade física da médica.
Medida protetiva
Luís Cláudio está proibido de se aproximar a menos de 200 metros da ex-companheira, de frequentar os mesmos locais de trabalho, estudo ou culto religioso da médica, de estabelecer qualquer tipo de contato, seja por telefone, mensagens, redes sociais ou recados transmitidos por outras pessoas, e obrigado a se afastar do local onde os dois viviam.
Em nota enviada à coluna, a advogada de Luís Cláudio, Carmen Tannuri, negou as acusações. “Tomamos conhecimento das fantasiosas declarações que teriam sido proferidas pela médica, atribuindo ao nosso cliente inverídicas e fantasiosas agressões, cujas mentiras são enquadráveis nos tipos dos delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por reparação por danos morais, motivos pelos quais serão tomadas as medidas legais pertinentes”, disse a advogada.