Deputado do PL é suspeito de ter relações íntimas com um adolescente
Seguranças e assessor do deputado federal foram presos por invadir residência de menor e supostamente obrigá-lo a apagar fotos íntimas
atualizado
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O deputado federal Professor Alcides Ribeiro, do PL de Goiás, é suspeito de manter relações íntimas com um adolescente menor de 18 anos. Nesta quinta-feira (12/12), a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra três pessoas denunciadas por invadir a residência do menor para, supostamente, apagar as imagens comprometedoras que estariam no celular dele.
Um dos presos é segurança do parlamentar e mora na casa de Ribeiro em Aparecida de Goiânia. O outro é assessor do deputado em Brasília.
Eles são suspeitos de roubo e ameaça. A polícia acredita que a dupla entrou armada na casa do adolescente para apagar provas de uma suposta relação íntima entre o jovem e Ribeiro. Os presos teriam feito com que o menor fornecesse a senha do celular para deletar imagens que estavam na galeria de fotos e salvas na nuvem.
Os mandados foram cumpridos pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia. Em contato com a coluna, o deputado Alcides Ribeiro informou que está se deslocando para Goiás e deverá se pronunciar sobre o caso.
Em outubro, Alcides Ribeiro foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, segunda maior cidade de Goiás, e recebeu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao mesmo partido. Ele terminou a eleição em segundo lugar, atrás de Leandro Vilela, do MDB.
Operação
Leia a nota da Polícia Civil de Goiás:
“A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia – 2ª DRP, deflagrou, nesta quinta-feira (12), a Operação Peneira para cumprimento de três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão na casa de investigados, os quais cometerem crime de roubo majorado pelo concurso de pessoas e ameaça por meio da utilização de armas de fogo, em detrimento de um adolescente, em Aparecida de Goiânia.”
“O referido crime hediondo teria por fim apagar vídeos, fotos e conversas armazenados nos aparelhos telefônicos, bem como salvos no iCloud, com o objetivo de ocultar relação íntima entre o adolescente e um parlamentar.”
“A DPCA de Aparecida passou a diligenciar para qualificar e localizar os investigados, os quais restringiram a liberdade do adolescente, o qual foi ameaçado com a utilização de armas de fogo para que entregasse os aparelhos telefônicos e fornecesse a senha do ICloud.”
“A DPCA de Aparecida dará continuidade na investigação policial, a qual apura outros crimes envolvendo o custodiado, em detrimento do adolescente.”