Deputado articula CPI com Bolsonaro como uma das testemunhas e Moraes como alvo
O deputado Marcel Van Hattem articula a criação de uma CPI que teria Bolsonaro como testemunha e o ministro Alexandre de Moraes como alvo
atualizado
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O deputado Marcel Van Hattem, do Novo, coleta assinaturas para levar adiante CPI que teria Alexandre de Moraes como principal alvo. A ideia é que, como ponto de partida, a chamada “CPI do Abuso de Autoridade” ouça supostas vítimas do Judiciário. Nessa toada, Bolsonaro e empresários como Luciano Hang prestariam depoimento na condição de testemunha.
Bolsonaro figura em diferentes inquéritos com Alexandre de Moraes. E o cerco ao ex-presidente se fecha cada vez mais. Hang, por sua vez, sofreu operação de busca e apreensão determinada também pelo ministro do STF. O empresário permanece com suas redes sociais suspensas.
A CPI proposta por Van Hattem teria como foco as atuações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em novembro de 2022, Van Hattem anunciou que conseguiu ultrapassar as 171 assinaturas necessárias para protocolar a CPI. Entretanto, ele terá que buscar novamente os apoiamentos, uma vez que uma nova legislatura terá início este ano.
Desta vez, o parlamentar espera que no Senado também haja coleta de assinaturas, de forma a viabilizar a instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com participação de deputados e senadores.
Ao defender que se investigue o Poder Judiciário, Van Hattem cita reportagem de Rodrigo Rangel. O colunista revelou que Moraes determinou superquebra de sigilo telefônico e de dados de oito bolsonaristas, bem como autorizou a PF a quebrar o sigilo de todas as pessoas que tiveram contato com esses investigados.
O parlamentar classifica essa autorização dada por Moraes à PF como “mais um exemplo de abuso de autoridade”. Segundo Van Hattem, a medida seria “tirana” e “fora da lei”.