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Delegado investigado no caso Marielle pede salário de volta: “Aflito”

O delegado Giniton Lage alegou dificuldades financeiras e pediu para acessar seu salário integralmente; ele foi indiciado no caso Marielle

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Agência Brasil
Delegado Giniton Lages
1 de 1 Delegado Giniton Lages - Foto: Agência Brasil

Alvo de medidas cautelares no inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Giniton Lages pediu ao STF que possa voltar a receber integralmente o seu salário. Ao ministro Alexandre de Moraes, ele alegou que tem recorrido a doações de parentes e colegas de profissão para sobreviver nos últimos seis meses.

“Há mais de um semestre sem poder utilizar o total de sua remuneração, o requerente [Giniton] enfrenta uma situação socioeconômica muito aflitiva, tornando-se dependente do compassivo, porém esporádico e incerto, apoio financeiro de familiares, amigos e colegas, como as ações solidárias promovidas pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro (Sindelpol-RJ)”, diz um trecho do pedido do delegado na Justiça.

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PF diz que o delegado Giniton Lages apresentou senha errada de celular
Além de Marielle, criminosos assassinaram Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava
Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro (RJ) pelo PSol. Ela foi morta pelo miliciano Ronnie Lessa, apontado como "psicopata" em depoimento de delegado.
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Delegado Giniton Lages, que apontou Ronnie Lessa como "psicopata"

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Montagem sobre fotos de Fernando Frazão/Agência Brasil
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PF diz que o delegado Giniton Lages apresentou senha errada de celular

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Além de Marielle, criminosos assassinaram Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava

Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro
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Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro (RJ) pelo PSol. Ela foi morta pelo miliciano Ronnie Lessa, apontado como "psicopata" em depoimento de delegado.

Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro

Ainda de acordo com Giniton, ele e sua família não terão mais condições de honrar os encargos do financiamento do apartamento onde moram, no bairro do Recreio dos Bandeirantes. O delegado também argumenta que tem dois filhos em escola particular e precisa pagar as mensalidades.

Giniton Lages foi o delegado que iniciou a apuração sobre o assassinato de Marielle Franco. Ele foi indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, preso sob suspeita de ter ajudado no planejamento do crime e por acobertá-lo.

Salário de R$ 25 mil

Indiciado no inquérito, ele foi afastado do cargo e perdeu acesso ao salário. Após pedido inicial, Moraes chegou a liberar o saque de um salário mínimo, mas Giniton alega que o valor não é suficiente para manter sua “típica vida de classe média”.

Giniton diz que tem um gasto médio de R$ 8,5 mil com despesas relacionadas a moradia e outros R$ 3,4 mil com a educação dos filhos. Seu salário como delegado é de aproximadamente R$ 25 mil. Desde março, ele está suspenso do exercício de função pública, usando tornozeleira eletrônica e com obrigação de recolhimento noturno.

Nesta segunda-feira (21/10), o STF começou a ouvir os supostos mandates do assassinato: o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão. Eles são irmãos e estão presos preventivamente.

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