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Delegado investigado no caso Marielle deu senha errada do celular à PF

Polícia Federal afirma que senha fornecida pelo delegado Giniton Lages, acusado de desviar o foco das investigações, não desbloqueou celular

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PF delegado Giniton Lages
1 de 1 PF delegado Giniton Lages - Foto: Reprodução

Citado nas investigações do assassinato de Marielle Franco por suspeita de ajudar a acobertar os mandantes do crime, o delegado Giniton Lages apresentou à Polícia Federal (PF) uma senha incorreta para desbloqueio de seu celular. O aparelho foi apreendido em março, durante o depoimento prestado por Lages na operação que prendeu o deputado Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

No depoimento, Giniton Lages, primeiro delegado designado para investigar o caso, disse inicialmente que não entregaria a senha do celular para “não produzir provas contra si mesmo”. Em seguida, orientado por sua defesa, concordou em fornecer o código.

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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusado de executar Marielle
Além de Marielle, criminosos assassinaram Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava
PF diz que Giniton Lages apresentou senha errada de celular
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Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e Domingos Brazão – acusados de matar Marielle Franco

Montagem sobre fotos da Camara dos Deputados, EBC, e Alerj
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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusado de executar Marielle

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Além de Marielle, criminosos assassinaram Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava

Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro
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PF diz que Giniton Lages apresentou senha errada de celular

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No entanto, de acordo com ofício enviado pelo delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby ao relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, a senha informada por Lages não permitia acesso ao aparelho.

“Em relação ao aparelho de Giniton Lages, embora ele tenha apresentado uma possível senha de desbloqueio na ocasião de suas declarações, esta não se mostrou correta”, relatou o delegado. O documento cita ainda o aparelho apreendido com o ex-policial militar e ex-assessor de Domingos Brazão no TCE-RJ, Robson Calixto Fonseca, conhecido como “Peixe”.

No inquérito em trâmite no STF, Peixe é acusado de ter fornecido a arma do crime ao também ex-PM Ronnie Lessa, preso pela execução de Marielle. “Informo que não existem outros laudos/informações pendentes, sendo certo que ainda não se logrou acesso aos aparelhos celulares apreendidos sob a posse de Giniton Lages (apreendido na Operação Murder Inc.) e Robson Calixto Fonseca (apreendido na Pet n. 12392/RJ) em razão do não fornecimento de senha de acesso pelos alvos.”

No ofício, o delegado federal aponta a possibilidade de quebra das senhas pela própria PF. “Na medida em que os softwares comumente utilizados por esta Polícia Federal se atualizam, há a perspectiva de desbloqueio dos aparelhos por força bruta, de modo que estes se encontram sobrestados no momento”, informou Catramby.

Giniton Lages é acusado de desviar o curso das investigações sobre a morte de Marielle, tirando o foco dos verdadeiros mandantes. Ele foi afastado das funções por determinação do ministro Alexandre de Moraes e cumpre medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

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