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Danone se manifesta após virar alvo de boicote

Campanha de boicote contra a Danone pedia que consumidores parassem de comprar produtos; empresa nega fim das exportações de soja

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A fabricante de laticínios Danone se manifestou após virar alvo de um boicote defendido por políticos e empresários do agronegócio. A direção da empresa no Brasil negou que tenha encerrado as importações da soja brasileira, informação que circulou ao longo desta terça-feira (29/10).

De acordo com a empresa, de origem francesa, a notícia não é verdadeira, e a Danone “continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais”. A empresa emitiu o comunicado após declaração de Jurgen Esser, diretor financeiro da matriz da Danone. Segundo a Reuters, ele afirmou que a companhia não compraria mais soja do Brasil por questões de sustentabilidade.

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Marçal defendeu boicote a produtos da Danone
Danone negou interrupção na compra da soja brasileira
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Publicação de Pablo Marçal defende boicote

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Marçal defendeu boicote a produtos da Danone

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Danone negou interrupção na compra da soja brasileira

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A informação provocou a reação da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e do Ministério da Agricultura, que classificaram a suposta decisão como “discriminatória”, “intempestiva” e “descabida”. As instituições apontaram que o corte nas importações elevaria os preços de alimentos básicos no país e atingiria principalmente os agricultores de pequeno e médio porte. A adaptação à exigência passaria pela adoção de práticas rigorosas que incluiriam sistemas de rastreamento avançados e emissão de certificações periódicas.

Em seu perfil no Instagram, o empresário e candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB nas eleições deste ano, Pablo Marçal, publicou um texto defendendo o boicote à empresa. De acordo com o manifesto, a cadeia produtiva da soja no Brasil movimenta US$ 100 bilhões por ano, e o grão corresponde a 16% do valor comercializado pelo país, com US$ 53,2 bilhões em vendas e 101,8 milhões de toneladas exportadas.

De acordo com a Danone, as aquisições da empresa são intermediadas por uma central e passam por um processo que verifica a origem dos produtos. Leia abaixo a íntegra da nota assinada pelo presidente da Danone Brasil, Tiago Santos, e pelo vice-presidente de Assuntos Jurídicos e Corporativos da empresa no país, Camilo Wittica.

“A Danone está há mais de 50 anos no Brasil e investe anualmente em ações que priorizam o apoio e o desenvolvimento de grandes a pequenos produtores locais, incentivando práticas mais sustentáveis em todos os elos da nossa cadeia de fornecimento.

Podemos confirmar que a informação veiculada não procede. A Danone continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais.

A soja brasileira é um insumo essencial na cadeia de fornecimento da companhia no Brasil e continua sendo utilizada, sendo a aquisição da maior parte desse volume intermediada pela Central de Compras da Danone, incluindo processos que verificam sua origem em áreas não desmatadas e rastreabilidade.”

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