Daniel Silveira comemora banho quente após deixar Bangu 8: “Dignidade”
O ex-deputado federal Daniel Silveira citou dois motivos para comemorar após deixar o presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro
atualizado
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O ex-deputado federal Daniel Silveira citou dois motivos para comemorar após deixar o presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro. O primeiro é que a colônia agrícola para a qual foi transferido, em Magé, conta com chuveiro elétrico, proporcionando banhos quentes.
Em conversas com pessoas próximas, Daniel Silveira lembrou os incômodos chuveiros gelados da penitenciária de Bangu, onde ficou preso por mais de um ano e meio. E disse que a mudança lhe causou um sentimento de ˜dignidade˜.
Outro ponto celebrado pelo ex-deputado é o fato de a Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos não possuir celas ou grades para evitar a fuga dos detentos. Daniel Silveira relatou que poder olhar para a frente e para os lados e não ver grades o ajudou a recuperar o lado psicológico.
“Quando passamos por situações de privação, passamos a dar mais valor às coisas simples˜, contou. A nova unidade de detenção representa um upgrade em termos de bem-estar. Advogado do político, Paulo Faria chegou a afirmar que a cela de seu cliente, em Bangu 8, era frequentada por ratos.
Liberdade condicional
Daniel Silveira foi transferido no último dia 8, por determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF). O magistrado avaliou documentos e laudos que atestaram a aptidão do ex-parlamentar para trabalhar nesse modelo de prisão.
Na colônia agrícola, os detentos trabalham em programas de reflorestamento. Até agora, contudo, nenhuma tarefa específica foi ordenada a Daniel Silveira.
A defesa do ex-deputado pleiteia que ele migre para a liberdade condicional, fora das dependências da colônia agrícola. O argumento é que Daniel Silveira cumpriu mais tempo do que deveria em regime fechado e que, por isso, já teria o direito de ir para casa e de trabalhar em sua área de atuação profissional.
O pleito é semelhante aos feitos por outros políticos, como Paulo Maluf e José Dirceu, quando deixaram o cárcere.