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Ex-chefes da Abin: “Equipe de GDias facilitou entrada de manifestante”

Em diálogo privado no WhatsApp, cúpula da Abin à época do 8 de Janeiro disse haver “hipótese forte de coordenação” entre GSI e manifestantes

atualizado

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1 de 1 Vídeo Exército PM GDias GDias PF Polícia Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em diálogo privado no WhatsApp, a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), à época do 8 de Janeiro, disse haver “hipótese forte” de que a equipe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, chefiada por Gonçalves Dias, tenha facilitado a entrada de vândalos no local onde armas eram guardadas no Palácio do Planalto.

A conversa se dá entre o então chefe da Abin, Saulo Moura da Cunha, e Leonardo Singer, que estava à frente da Secretaria de Planejamento e Gestão da agência. No diálogo, ocorrido horas após as invasões, Saulo demonstra temor de que a atuação da Abin viesse a ser questionada.

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Oposição apresentou notícia-crime contra GDias
O ministro Alexandre de Moraes, do TSE
Antes de se complicar, GDias disse a aliados que invasão ao Planalto teve "DNA de Heleno"
GDias no Planalto no dia das invasões
GDias no Palácio do Planalto em 8 de janeiro
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GDias disse à CPI do DF não ter tido conhecimento de risco de atos violentos, mas ele próprio alertou a Abin

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Oposição apresentou notícia-crime contra GDias

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Antes de se complicar, GDias disse a aliados que invasão ao Planalto teve "DNA de Heleno"

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General Amaro, sucessor de GDias no comando do GSI

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General GDias

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À frente do GSI, Gonçalves Dias também foi exonerado

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GDias fardado

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Filho de GDias ganhou cargo no governo Lula um mês após 8 de Janeiro

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GDias, ex-ministro do GSI

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Inicialmente, o então chefe da Abin pede a Singer para fazer um levantamento de todos os alertas enviados pela agência, ao GSI e a outros órgãos públicos, na véspera do 8 de Janeiro. Depois, avalia: “Cara. Estamos cobertos”.

Singer, então, responde: “A princípio, sim. Precisamos agora apresentar aquele material ao GDias. E outra: de alguma maneira temos que dizer a ele que alguém(s) da equipe dele facilitou a entrada dos manifestantes nos recintos onde armamento estava armazenado. Não é fácil entrar e nem é fácil achar isso”.

Em seguida, complementa o raciocínio: “Uma hipótese forte é coordenação entre gente do GSI e gente da manifestação. Claro, insinuar isso [ao GDias] com muita leveza e sabedoria, preservando os próprios c*s”, disse Singer. Saulo concordou: “Isso”. Ambos deixaram os cargos que ocupavam na reestruturação feita na Abin por determinação de Lula.

GDias soube do risco de invasões 2 dias antes

Como a coluna mostrou nesta quinta-feira (17/8), o próprio GDias encaminhou de seu celular, ao então diretor da Abin, dois dias antes dos atos, mensagem de extremistas que planejavam manifestações violentas. Em seguida, contudo, o então chefe do GSI ignorou alertas enviados por Saulo ao longo dos dias 6 e 7 e só retomou contato no dia 8.

Na véspera dos ataques, Saulo e Singer se mostraram preocupados com o aumento de manifestantes em Brasília. Em troca de mensagens, o então chefe da Abin pede a Singer que mantenha contato com Marília Ferreira Alencar, subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Na ocasião, a Abin emitiu 12 alertas a autoridades públicas, GDias estava entre elas.

Ex-chefe do GSI, GDias passou a ser oficialmente investigado pelos atos antidemocráticos, nesta quarta-feira (16/8), após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

 

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