Cueca de golpista é citada por deputado em defesa de bolsonaristas
Cueca de homem preso por destruir relógio é apontada, em pedido de impeachment, como indício da interferência de “revolucionários”
atualizado
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A cueca de um golpista filmado depredando uma obra de arte no interior do Planalto foi citada pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) como indício, no pedido de impeachment do presidente Lula, da interferência de “revolucionários” nos atos de 8 de janeiro.
“Ocorre que o perfil característico dele destoa sobremaneira do perfil característicos dos cidadãos patriotas que ficaram 70 dias seguidos em manifestação, pois (1) vestia a camisa do Presidente, o que por consenso foi vedado nas manifestações; (2) tem duas passagens na polícia por tráfico de drogas, a qual o ex-presidente Jair Bolsonaro sempre combateu e cujos traficantes, sabidamente, são contra; (3) a forma de utilizar a calça, aparecendo a cueca, é típica vestimenta de revolucionários e não de cidadãos conservadores e patriotas”, alega o deputado no pedido de impeachment.
O documento foi apresentado nesta quinta-feira (2/3) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lura (PP-AL). Nele, Jordy relaciona uma série de argumentos para demonstrar uma suposta omissão do presidente e dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, em ações para evitar a invasão das sedes dos Três Poderes.
Entre os argumentos, está uma suposta participação, defendida nos perfis e grupos bolsonaristas nas redes sociais, dos chamados “false flags”, pessoas de fora do movimento infiltradas para iniciar a baderna. O exemplo usado por Jordy é o de Antônio Cláudio Alves Ferreira, preso depois de ser filmado destruindo o relógio de Dom João VI.