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Coronel que xingou generais de “filhos da p” diz à Justiça Militar estar envergonhado

Em depoimento, o coronel da reserva Adriano Testoni disse “não estar em plena faculdade mental” quando xingou generais no 8 de Janeiro

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Coronel das Forças Armadas, Adriano Camargo Testoni, e esposa em protesto bolsonarista. Ele xinga o Exército, chamando-o de "merda" - Metrópoles
1 de 1 Coronel das Forças Armadas, Adriano Camargo Testoni, e esposa em protesto bolsonarista. Ele xinga o Exército, chamando-o de "merda" - Metrópoles - Foto: Reprodução

No fatídico 8 de Janeiro, o coronel da reserva Adriano Testoni xingou generais do Exército e demais integrantes das Forças Armadas. Chamou-os de “filhos da p*”, “covardes” e “merdas”. Em meio ao tumulto na Praça dos Três Poderes, publicou um vídeo:

“Forças Armadas, filha da p*! Bando de generais filhas da p*! Covardes! Olha o que está acontecendo com a gente! Esse nosso Exército é uma merda! Que vergonha! Que vergonha de vocês, militares, companheiros de turma. Vão tudo tomar no c*”.

O caso, claro, foi parar na Justiça Militar. A coluna teve acesso ao inquérito policial militar instaurado. Nele, Testoni, que recebe R$ 25 mil mensais na reserva do Exército, disse se sentir envergonhado e arrependido.

O coronel de 56 anos alegou que “não estava em plena faculdade mental”, por estar “momentaneamente cego, com sufocamento, e sob efeito de ações repressivas de policiamento”.

Aniversário infantil

Testoni afirmou que decidiu estacionar seu carro próximo à Praça dos Três Poderes ao voltar de um “aniversário infantil”. E que, ao subir uma escada e acessar a Esplanada dos Ministérios, “se deparou com a multidão” e tentou fugir da “repressão policial”.

O coronel disse não ter tido a intenção de ofender as Forças Armadas. Segue, abaixo, o vídeo do episódio investigado pela Justiça Militar:

Na gravação, o coronel aparece ao lado da esposa, a farmacêutica Evelise Rodrigues da Silva, de 43 anos, que aparenta sentir efeitos de gás lacrimogêneo.

Testoni foi exonerado do cargo que ocupava no Hospital das Forças Armadas e indiciado por dois crimes: injúria e ofensa contra as Forças Armadas.

Na denúncia, porém, o Ministério Público Militar manteve apenas o crime de injúria. A punição, mais leve, é de até 8 meses de reclusão.

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