Contrato complica Marçal em ação que investiga tentativa de homicídio
Contrato firmado com participantes de reality show aponta Pablo Marçal (PRTB) como sócio majoritário da empresa responsável pelo programa
atualizado
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Um contrato apresentado à 1ª Vara da Comarca da Justiça em Serra Negra (SP) pode complicar Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo, em dois processos em andamento contra ele. Um deles investiga suposta tentativa de homicídio. O referido contrato diz respeito à empresa que organizou e produziu o reality show La Casa Digital 3.
O empresário foi denunciado em maio por um ex-integrante do reality show que alegou ter sofrido agressões, xingamentos e participado de provas de resistência física e psicológica sem equipamentos de proteção, sem suporte de bombeiros ou salva-vidas e em locais arriscados.
Marçal ponderou ser apenas o apresentador do programa e afirmou que as provas eram promovidas pelos seus organizadores. Agora, a Justiça se debruça sobre um novo documento que recebeu: o contrato assinado pelos participantes do reality, que foi firmado junto à empresa Marçal Holding Ltda, da qual o candidato a prefeito é sócio majoritário.
Se confirmado o vínculo entre Marçal e a organização do programa, o empresário pode ser implicado diretamente em uma outra ação que apura tentativa de homicídio.
Isso porque em 2022, quando foi indiciado por tentativa de homicídio privilegiado por levar 32 pessoas a uma escalada no Pico dos Marins, Marçal ficou proibido pela Justiça de promover atividades em picos, montanhas e outros espaços de natureza. Ou seja: a atuação do ex-coach no La Casa Digital 3 poderia configurar descumprimento da ordem judicial.
Após a denúncia do ex-participante do reality show, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou cópia do boletim de ocorrência à Polícia Civil de Serra Negra para apurar se a determinação foi ignorada por Marçal. Em julho, a Polícia Civil de Piquete (SP) pediu à Justiça a prorrogação do inquérito sobre o caso.