Condenado por bomba no aeroporto de Brasília se cala na CPI
George Washington foi condenado por tentar colocar uma bomba em um caminhão no Aeroporto de Brasília em dezembro
atualizado
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O empresário George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, calou-se na CPI do 8 de Janeiro.
Ele foi convocado para falar sobre atos extremistas ocorridos em Brasília em dezembro.
Logo no início da reunião, George Washington se recusou até mesmo a dizer em que dia chegou a Brasília, em novembro do ano passado. “Permanecerei calado”, repetiu.
O acusado foi alertado pela relatora da CPI, senadora Eliziane Gama, que, segundo previsão legal, apenas poderia deixar de responder perguntas que o incriminassem.
A informação foi confirmada ao presidente da CPI, Arthur Maia, pela assessoria jurídica do Senado. George Washington poderia ter nova prisão decretada pela CPI caso se recusasse a responder questionamentos não relacionados aos crimes investigados.
A defesa do interrogado, em resposta, reafirmou a decisão de manter o silêncio em perguntas que se referissem ao envolvimento de George Washington nos atos.
Ele chegou a responder algumas perguntas sobre empresas que foram de sua propriedade. George Washington, porém, voltou a se calar quando confrontado com questionamentos sobre as armas levadas por ele a Brasília e pessoas com quem teria mantido contato antes dos atos antidemocráticos.
“Já fui condenado. Estou preso e meu caso não tem nada a ver com esse do dia 8 (de janeiro). Não tem nada a ver um coisa com a outra”, disse George Washington ao senador Izalci Lucas, negando uma relação entre os atos do dia 12 e 24 de dezembro com a invasão das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
George Washington foi condenado pela Justiça do Distrito Federal por tentar instalar uma bomba em um caminhão dentro do Aeroporto de Brasília. Ele foi sentenciado a mais de 9 anos de prisão.