Governador do RJ demite braço direito de Valdemar e eleva tensão no PL
Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro exonerou o braço direito de Valdemar da Costa Neto e esticou a corda com o PL de Jair Bolsonaro
atualizado
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Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro exonerou o braço direito de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. E, dessa forma, aumentou a tensão no partido, que abriga Jair Bolsonaro e, ao menos por ora, o próprio governador.
A exoneração de Bruno Bonetti, unha e carne com Valdemar, foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (1/3). Bonetti também é ultra-aliado do deputado federal Altineu Côrtes, que comanda a legenda no RJ. E é muito próximo do senador Romário, de quem é suplente.
Influente, foi Bonetti quem definiu, em 2022, quais nomes do PL disputariam vaga na Câmara dos Deputados e quais tentariam a Assembleia Legislativa do Rio. No ano passado, a legenda destinou R$ 10 milhões à reeleição de Castro, candidato a governador da sigla que mais recebeu recursos do fundo partidário. Em meio a esse contexto, a demissão pegou de surpresa gente graúda no partido.
A saída de Bonetti, que atuava no gabinete do governador, é consequência do racha no PL na disputa à presidência da Alerj. Como registrou a coluna, a divisão colocou Cláudio Castro e Altineu Côrtes, presidente estadual do partido, em lados opostos. Desde então, o governador já recebeu convites para se filiar ao PP, ao PSD, ao MDB e ao Solidariedade. O destino mais provável de Castro, caso decida mudar de sigla, é o PP.
A aliados, Castro tem dito que só permanecerá no PL se puder indicar um nome para a presidência do partido no RJ, hoje a cargo de Altineu Côrtes. Afirma que, só assim, terá a garantia de que poderá direcionar o apoio do partido aos candidatos que deseja nas eleições municipais de 2024.
Procurados, Altineu Côrtes e Bruno Bonetti não se manifestaram sobre o assunto.