metropoles.com

Cinco meses após fuga inédita, Mossoró terá torres e muro reforçados

Obras na Penitenciária Federal de Mossoró vão custar R$ 36 milhões; objetivo é reforçar a segurança externa após fuga de dois detentos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
presídio imagem colorida mostra policial em guarita de penitenciaria federal no DF - Metrópoles
1 de 1 presídio imagem colorida mostra policial em guarita de penitenciaria federal no DF - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Cinco meses após a fuga inédita de dois detentos, a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, terá sua segurança externa reforçada a partir de uma reforma orçada em R$ 36,4 milhões. As obras incluem a construção de um muro perimetral, ou seja, ao redor de toda a instalação, além da reforma e reforço com chapas de proteção balística de quatro torres de vigilância e do posto de controle.

A construção da nova barreira perimetral em torno da penitenciária de Mossoró vai custar R$ 15,4 milhões. A ausência do equipamento foi apontada no estudo técnico das obras como fator que facilitou a fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, em fevereiro. A dupla aproveitou outra reforma na unidade e usou um alicate “esquecido” no canteiro de obras para cortar um alambrado.

12 imagens
Sem muro perimetral, presídio de Mossoró registrou primeira fuga do sistema penitenciário federal
Cinco presídios são administrados pelo governo federal
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)
Fuga em Mossoró foi inédita na história do país
Presídio de Mossoró havia registrado tentativa de fuga menos de um ano antes da escapada inédita
1 de 12

Mapa do presídio em Mossoró; ausência de muro facilitou fuga em fevereiro

Reprodução/Google
2 de 12

Sem muro perimetral, presídio de Mossoró registrou primeira fuga do sistema penitenciário federal

Reprodução/Depen
3 de 12

Cinco presídios são administrados pelo governo federal

Reprodução/Depen
4 de 12

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)

5 de 12

Fuga em Mossoró foi inédita na história do país

Igo Estrela/Metrópoles
6 de 12

Presídio de Mossoró havia registrado tentativa de fuga menos de um ano antes da escapada inédita

Reprodução
7 de 12

Buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró

Reprodução
8 de 12

Camisa de um dos procurados pela polícia após fugir do presídio federal de Mossoró

Divulgação
9 de 12

Presos que fugiram da penitenciária de Mossoró são "matadores" do CV

Reprodução
10 de 12

Região permite que dupla passe noites escondida em buracos no chão

Divulgação
11 de 12

Local onde dupla ficou abrigada

Reprodução / GloboNews
12 de 12

Fugitivos de Mossoró, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados em abril

Reprodução

“A fuga evidencia falhas no sistema de segurança e levanta questões sobre a eficácia das medidas adotadas para conter a evasão de detentos. Nesse incidente, os presos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento conseguiram escapar utilizando métodos aparentemente simples. A fuga ocorreu simplesmente pelo corte do alambrado externo, que foi fato facilitador para êxito da toada”, aponta o estudo.

“Ao abrirem buracos no teto de suas celas, os detentos demonstraram uma capacidade de planejamento e execução que subverteu as expectativas das autoridades responsáveis pela custódia. A ausência de uma muralha física ao redor da instalação também facilitou a escapada dos presos, destacando a importância de barreiras físicas robustas como parte integrante de um sistema de segurança eficaz”, avalia o documento. Os detentos foram recapturados em abril, 51 dias após a fuga. 

Um ano antes da fuga, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) já havia registrado outras duas tentativas em presídios federais, sendo uma em Catanduvas (PR) e outra também em Mossoró.

Outro argumento para a realização da reforma foi a descoberta do plano para libertar o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, em 2018.Na época, Marcola estava detido na Penitenciária de Presidente Venceslau (SP). Hoje, ele cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília.

“Mesmo após a transferência dos líderes da organização criminosa PCC para o Sistema Penitenciário Federal, realizada em fevereiro de 2019, continuamos recebendo informações de planejamento de resgate do seu líder, ultrapassando o montante de R$ 400 milhões”, afirma o estudo.

A licitação para contratação da empresa responsável pelos serviços foi iniciada na quarta-feira (24/7) e a abertura das propostas está marcada para o dia 12 de agosto. A previsão é de que as obras sejam concluídas em 12 meses a partir da contratação.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?